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Buffon garante Itália na ponta
Com sete defesas, goleiro ganha duelo com Cech na vitória por 2 a 0 diante da República Tcheca
Italianos vão enfrentar nas oitavas a Austrália de Guus Hiddink, técnico que dirigia a Coréia do Sul que eliminou europeus na última Copa
RODRIGO BUENO
ENVIADO ESPECIAL A HAMBURGO
No duelo de dois dos melhores goleiros do mundo, Buffon
superou Cech, e a Itália ganhou
da República Tcheca por 2 a 0.
Com o resultado, a Azzurra ficou em primeiro lugar do Grupo E e escapou de enfrentar o
Brasil logo nas oitavas-de-final
-pega a Austrália do técnico
Guus Hiddink, que em 2002 dirigia a Coréia do Sul e eliminou
os italianos do Mundial.
O goleiro da seleção italiana,
um dos pivôs do escândalo de
manipulação de resultados que
sacode o "calcio" há meses -ele
é acusado de realizar apostas
ilegais-, foi destaque no jogo,
com sete defesas, segundo o
Datafolha. Cech, arqueiro do
Chelsea, agarrou três bolas,
mas não conseguiu evitar os
gols de Materazzi e Inzaghi.
No início do jogo, apesar de a
Itália jogar pelo empate para se
classificar e a República Tcheca
ter mais necessidade da vitória,
os torcedores e os jogadores
italianos mostravam certo nervosismo. Já os tchecos faziam
barulho nas arquibancadas e
pressionavam os adversários.
Nedved, que ontem se despediu de vez da seleção, deu trabalho aos italianos. Esteve a
ponto de abrir o placar em forte
chute que Buffon defendeu. No
rebote, Jankulovski chutou para a ótima defesa do arqueiro.
A Itália sofreu o que seria duro golpe aos 17min. Nesta, considerado o melhor zagueiro do
mundo, sentiu uma lesão na virilha e deixou o gramado. "Ele
está com um problema no músculo adutor", disse o técnico
italiano Marcello Lippi.
Materazzi o substituiu e converteu a primeira real chance
de gol da Azzurra. Aproveitou
escanteio cobrado por Totti aos
26min e, com seu 1,93 m, testou
firme no canto baixo direito de
Cech. Alívio para o time que
precisava vencer para terminar
em primeiro lugar na chave
-Gana já derrotava os EUA.
No final do primeiro tempo, a
situação ficou mais tranqüila
ainda para a tricampeã mundial. Polak chegou forte em
Totti, recebeu seu segundo cartão amarelo e deixou a Itália
com um homem a mais. "O primeiro gol nos deu uma vantagem psicológica. Depois, com a
vantagem numérica, facilitou.
Mas, contra os EUA, nós tivemos vantagem numérica e não
vencemos", falou Lippi.
Na segunda etapa, os tchecos
chegaram pouco. Os lances
mais perigosos foram chutes de
Nedved defendidos por Buffon,
que, entretanto, viu Materazzi
ser eleito o "homem do jogo".
Lippi trocou Gilardino por
Inzaghi, e o atacante do Milan
desperdiçou duas ótimas oportunidades antes de definir o
confronto aos 42min partindo
sozinho do meio-campo, driblando Cech e empurrando para o gol vazio.
"O Inzaghi entrou dando
mais velocidade", afirmou Lippi, que não aproveitou Del Piero (apostou em Totti) e deixou
o atacante Toni fora do time.
O meia De Rossi não pôde
atuar por ter dado cotovelada
no atacante norte-americano
McBride. Hoje, ele deve saber
exatamente quantos jogos terá
que cumprir de suspensão.
Gattuso foi o titular. Jogou bem
pelo lado direito do meio-campo, que ainda teve mais dois volantes: Pirlo e Perrotta.
Lippi diz que manterá sua
política de não divulgar a formação a ser usada. ""Por que eu
tenho que dar a formação um
dia antes? Para a TV? Não me
interessa se dizem que sou simpático ou antipático. Sou sério.
Continuarei não divulgando."
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