São Paulo, segunda-feira, 23 de junho de 2008

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análise

Piloto chega ao lugar onde deveria estar

FÁBIO SEIXAS
EDITOR-ADJUNTO DE ESPORTE

Mais por respeito do que por torcida, é comum as salas de imprensa da F-1 aplaudirem o piloto vitorioso assim que ele rasga a linha de chegada. Ontem, contam amigos, não foi assim.
Houve silêncio. Só.
Avance alguns minutos.
Felipe Massa, já no paddock, é instado a se comparar com Ayrton Senna e com Nelson Piquet, respectivamente os últimos brasileiros a liderar um Mundial e a vencer em solo francês. Refuta. Declara apenas que é "pequenininho perto deles".
Bingo.
Desde a chegada à F-1, em 2002, Massa sempre foi tratado como um azarão, no sentido mais pejorativo do termo. É produto de uma escola fraca (correu a F-3000 européia), afilhado de Jean Todt (imã de antipatias no paddock), sucessor de Rubens Barrichello (não exatamente um grande ídolo).
Mais: Massa não faz questão de se impor no grito, não promete títulos e evita comparações. Para aparecer, prefere a rota mais longa, a dos resultados na pista.
Como as três poles e três vitórias em oito GPs no ano.
Conquistas que o colocam onde deveria estar: na ponta do Mundial. Porque, no cálculo "piloto+carro" que determina sucessos e insucessos na F-1, ele e a Ferrari formam hoje o conjunto mais embalado do grid.
Massa será campeão?
A prudência diz que ainda faltam dez provas e que Raikkonen, excelente piloto, não está morto. O histórico recente crava que, se tudo continuar assim, será.


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