São Paulo, sexta-feira, 23 de julho de 2004

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Clube escala "pé-de-obra" local

DA REPORTAGEM LOCAL

O Barcelona da Capela do Socorro fica numa área da zona sul paulistana onde moram 3 milhões de pessoas. A região, que contrasta bairros ricos e pobres da cidade, fornece a maior parte dos jogadores da equipe.
Na quinta divisão do Paulista, só podem entrar em campo três jogadores com mais de 23 anos. Assim, mais de 70% do elenco foi recrutado em peneiras na região. Até quem tem mais experiência encontrou emprego perto de casa.
O goleiro Aranha, 28, nasceu na zona sul, mas fez sua carreira em clubes de locais distantes, como o Caxias (RS) e o Sinop (MT).
Na semana passada, enquanto fornecia com o som de seu Passat -o antigo modelo nacional, não o atual, alemão- a música que animava um churrasco da equipe, elogiava os cartolas do Barcelona. "São gente fina. Cumprem tudo o que prometem e pagam em dia."
A média salarial por jogador no clube é de R$ 300 a R$ 400. Aranha está no reduzido grupo que ganha R$ 800. Netinho, o técnico, ganha além do teto, R$ 1.500.
O presidente Alceu Tatto diz já ter feito vaquinha com empresários para bancar a folha salarial, que bate nos R$ 25 mil e responde por dois terços de seus gastos.
Em sua temporada de estréia, o Barcelona faz bom papel. No domingo, o time precisa de uma vitória simples contra o Taboão da Serra para passar à segunda fase. Em 13 partidas, o time da Capela do Socorro foi derrotado apenas duas vezes. (PC E TA)


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