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Clube escala "pé-de-obra" local
DA REPORTAGEM LOCAL
O Barcelona da Capela do Socorro fica numa área da zona sul
paulistana onde moram 3 milhões de pessoas. A região, que
contrasta bairros ricos e pobres
da cidade, fornece a maior parte
dos jogadores da equipe.
Na quinta divisão do Paulista,
só podem entrar em campo três
jogadores com mais de 23 anos.
Assim, mais de 70% do elenco foi
recrutado em peneiras na região.
Até quem tem mais experiência
encontrou emprego perto de casa.
O goleiro Aranha, 28, nasceu na
zona sul, mas fez sua carreira em
clubes de locais distantes, como o
Caxias (RS) e o Sinop (MT).
Na semana passada, enquanto
fornecia com o som de seu Passat
-o antigo modelo nacional, não
o atual, alemão- a música que
animava um churrasco da equipe,
elogiava os cartolas do Barcelona.
"São gente fina. Cumprem tudo o
que prometem e pagam em dia."
A média salarial por jogador no
clube é de R$ 300 a R$ 400. Aranha está no reduzido grupo que
ganha R$ 800. Netinho, o técnico,
ganha além do teto, R$ 1.500.
O presidente Alceu Tatto diz já
ter feito vaquinha com empresários para bancar a folha salarial,
que bate nos R$ 25 mil e responde
por dois terços de seus gastos.
Em sua temporada de estréia, o
Barcelona faz bom papel. No domingo, o time precisa de uma vitória simples contra o Taboão da
Serra para passar à segunda fase.
Em 13 partidas, o time da Capela
do Socorro foi derrotado apenas
duas vezes.
(PC E TA)
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