DA REPORTAGEM LOCAL

Depois do forte acidente que sofreu no treino classificatório, anteontem, Lewis Hamilton continuou sem sorte ontem.
Liberado pelos médicos da FIA para correr -chegou a ser levado de helicóptero ao hospital após a batida-, o inglês largou do décimo posto do grid, sua pior posição de largada desde sua estréia na categoria.
Hamilton começou a prova bem e chegou a ocupar o quarto lugar após as primeiras curvas, mas aí começou a despencar. Cometeu erros, escapou da pista e ainda contou com a interrupção da corrida, já que pôde ser guinchado da caixa de brita e recolocado no novo grid.
No final, completou em nono e, pela primeira vez em suas dez aparições na F-1, não subiu no pódio. Mas afirma que aprendeu dez vezes mais nesta corrida do que nas nove anteriores.
"Acho que dei um enorme passo em termos de experiência", falou o piloto de 22 anos, que faz sua primeira temporada na F-1 e viu a vantagem na liderança do Mundial despencar de 12 para 2 pontos em relação a Fernando Alonso.
"Cheguei a esta prova doente [gripado, passou dois dias de cama no início da semana], tive um dos piores acidentes da minha carreira, aí meu pneu furou, fui parar na caixa de brita, começou a chover... Foi um grande final de semana em termos de aprendizado."
Apesar do desempenho excepcional que vinha tendo até aqui, Hamilton não se mostrou surpreso por ter enfrentado um final de semana tão complicado. "Eu disse para todos desde o primeiro dia que isso eventualmente aconteceria."
Apenas dois pilotos conseguiram completar mais corridas seguidas no pódio do que o novato inglês: Alonso e Michael Schumacher, que ontem entregou o troféu de vencedor para Ron Dennis, da McLaren.
"Esporte é assim. Você não consegue ter um dia perfeito atrás do outro quando está correndo. Mas confesso que é um pouco estranho, para mim, não estar no pódio", declarou Hamilton. "Mas eu sempre soube que um dia isso aconteceria e estava preparado para isso."
Mas o piloto da McLaren culpou seu mau desempenho em Nurburgring em parte ao acidente sofrido na véspera. "Foi difícil, porque tive que me sentar em um carro completamente novo, tudo era diferente após a batida [à exceção do motor, que tinha de ser o mesmo]. Mas eu tentei ir até o final", disse.
Ainda sobre o acidente, Hamilton afirmou estar sentindo alguns efeitos do impacto na barreira de pneus a aproximadamente 260 Km/h. "Eu estava sentindo muita, muita dor no peito. Nesta manhã, acordei com um enorme hematoma", afirmou o líder do campeonato.


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