Sem Hernanes e Alex Silva, com a seleção olímpica, e Borges e Miranda, machucados, São Paulo encara Inter no Sul de olho no G4

TONI ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL

Dificuldades à vista sinalizadas pelo próprio treinador. Jogadores alegando que a transpiração vai imperar no time a partir de agora para suprir desfalques. E, por fim, novamente Muricy Ramalho afirmando que o time está "devendo matematicamente" no Brasileiro.
Para uma equipe que vem de três vitórias e, com 23 pontos, está a três do líder (o Flamengo), o São Paulo que enfrenta o Inter hoje, às 21h50, em Porto Alegre, estaria num ambiente mais ameno não fosse a preocupação pelos desfalques de Hernanes e Alex Silva, com a seleção olímpica, e Borges e Miranda, machucados.
E se para a torcida Muricy pediu paciência, internamente a cobrança é forte. "Aqui, todo jogo nós temos de ganhar. O time vem ganhando, mas matematicamente estamos devendo. Temos de vencer para, primeiro, encostar e, depois, passar o líder", disse o técnico.
Ao ser questionado se as vitórias sobre o Flamengo e o Vitória fora de casa credenciam o São Paulo a outro triunfo hoje, Muricy mostrou seu grau de cobrança. "Foram bons resultados. Mas um time que quer ser campeão não pode perder para o Náutico [2 a 1, nos Aflitos]. Então não dá para falar que eu estou satisfeito."
A partida contra o Inter marca o primeiro compromisso da equipe sem seus dois atletas que irão aos Jogos de Pequim. Tanto Alex Silva como Hernanes são ausências que preocupam muito a comissão técnica.
"O Hernanes é um volante que sai para o jogo e supria a falta de um meia-direita. O Alex Silva [zagueiro] vai fazer falta na bola aérea", falou Muricy.
Além dessas duas baixas, o zagueiro Miranda e o atacante Borges, artilheiro do time com seis gols, ficam fora. Diante de tantos problemas, Muricy falou que o ponto forte do São Paulo vai ter de ser evidenciado agora. "Temos um time muito bem postado taticamente. Mas, quando a tática é o destaque, é sinal de que faltam talentos."
Com esses desfalques, a tendência é o uso do esquema 4-4-2, com André Dias e Juninho na zaga e Éder e Richarlyson nas laterais. No meio, quatro terão a obrigação de conter a pressão gaúcha: Zé Luís, Joílson, Hugo e Jorge Wagner. Na frente, Dagoberto e Aloísio completam a equipe em Porto Alegre.