São Paulo, sábado, 23 de julho de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Falta de ingressos irrita finalistas e gera conflitos

RODRIGO BUENO
ENVIADO ESPECIAL A BUENOS AIRES

A final da Copa América virou uma guerra entre argentinos, paraguaios e uruguaios por ingressos. A decisão de amanhã no Monumental de Núñez já gerou conflito entre torcedores e quase crise internacional.
Uruguai e Paraguai, finalistas, esperavam receber mais entradas para seus torcedores e acusam a organização do torneio de favorecer em demasia agências e parceiros comerciais na distribuição dos tíquetes.
O presidente da Associação Uruguaia de Futebol, Sebastián Bauzá, reclamou dos dirigentes argentinos por receber só 10% dos ingressos.
"Das 5.700 entradas que nos deram, mil vão para os jogadores, que pediram para suas famílias", disse Bauzá, que colocou em dúvida a candidatura conjunta de Argentina e Uruguai para a Copa de 2030 por conta do imbróglio com os ingressos.
José Mujica, presidente uruguaio, iria à decisão aprofundar as relações com a presidente argentina Cristina Kirchner sobre o Mundial que celebrará os cem anos da pioneira Copa do Mundo, realizada no Uruguai. Agora, será representado pelo chanceler Luis Almagro.
A empresa Ticketek anunciou que venderá entradas até hoje, o que só aumentou as reclamações pela concentração de ingressos na mão de empresas, e não nas bilheterias do Monumental.
Cerca de 200 paraguaios bloquearam avenida em Buenos Aires em frente ao estádio protestando pela falta de acesso aos ingressos. Houve arremesso de pedras, e a polícia precisou intervir.
"Houve uma pré-venda grande para Argentina e Brasil, equipes que eram as favoritas para chegar à final", explica Liliam Kechichian, subsecretária de Turismo e Esportes da Argentina.


Texto Anterior: Política explode gasto com estádios
Próximo Texto: Argentinos já buscam novo treinador
Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.