DA REPORTAGEM LOCAL

A saída de Ricardinho do Corinthians provocou uma reação imediata dos presidentes do time do Parque São Jorge e do São Paulo. Alberto Dualib e Marcelo Portugal Gouvêa se reuniram com os chefes das principais organizadas das duas equipes: Gaviões da Fiel e Tricolor Independente.
Em pauta estava o receio do que a notícia da decisão do atleta pudesse provocar. Além da própria reputação, os dirigentes temem que a rivalidade entre os torcedores se acirre e descambe para a violência.
Dualib e Antonio Roque Citadini, vice de futebol corintiano, disseram aos membros da Gaviões que a "perda" do meia não pôde ser evitada.
"O jogador quis sair por causa de dinheiro. Não era isso que ele havia dito. Acho que ele está se esquecendo de que 50% da população do Estado é corintiana. Agora ele vai ouvir aonde quer que vá que é um mercenário", disse Wildiner Rocha, diretor da Gaviões.
A reunião de torcedores com o clube foi usada como escudo pelo procurador de Ricardinho, Rubens Pozzi, que deixou a sede do Corinthians escondido no carro do vice de futebol do time sem dar declarações.
No São Paulo, a reunião entre Gouvêa e André Amorosino, presidente da Independente, foi "marcada" pelo dirigente, que teme represálias da organizada, que já se manifestou contra a chegada de Ricardinho.
Ao saber que o torcedor daria uma entrevista coletiva no final da tarde, Gouvêa o chamou para amainar os ânimos. O encontro foi "mediado" por membros do siteproibido.com, grupo de torcedores que apoiou a candidatura do dirigente à presidência do clube.


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