São Paulo, sexta-feira, 23 de agosto de 2002 |
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FUTEBOL Com sofrimento e dois gols de falta, time obtém 1ª vitória no Nacional Palmeiras de Murtosa já vence como na era Scolari
EDUARDO ARRUDA DA REPORTAGEM LOCAL A estréia de Murtosa como técnico do Palmeiras lembrou os tempos em que ele era auxiliar de Luiz Felipe Scolari no clube. À moda de seu mestre, com um futebol pragmático, de forte marcação e explorando as jogadas com Arce, o time palmeirense venceu o São Caetano por 3 a 2, ontem à noite, no Parque Antarctica, em um jogo emocionante. Foi a primeira vitória do clube na competição -antes havia empatado com Grêmio e Cruzeiro. Com uma equipe desfalcada -Zinho, Lopes e César- e desentrosada, Murtosa decidiu apostar em atletas que foram lançados por ele quando dirigiu o clube pela primeira vez, em 2000. Supreendentemente, sacou o atacante Nenê, melhor jogador da equipe nas duas primeiras partidas, e escalou o meia Juninho, um de seus pupilos. "Eu optei pelo Juninho porque é um jogador que conheço desde a minha última passagem aqui pelo Palmeiras", justificou. Deu certo. Com Juninho, o Palmeiras ganhou velocidade e confundiu a marcação rival, que abusou das faltas. Segundo o Datafolha, foram 15 no primeiro tempo. As infrações, aliás, eram o principal temor do técnico do São Caetano, Mário Sérgio, que pediu a seus jogadores para evitá-las. Mas o time não fez isso. Bom para Arce. Aos 10min, Dodô, que também estreou pelo Palmeiras ontem, sofreu falta quase na entrada da área. O paraguaio cobrou à meia altura, no canto direito do goleiro Luciano, e fez 1 a 0. O São Caetano, que só assustou aos 4min em chute de Fábio Santos, não conseguia passar pelo bloqueio do rival, armado com três volantes -Paulo Assunção, Fabiano Eller e Juliano. Dessa forma, Adhemar a Anaílson ficaram isolados no ataque. Já o Palmeiras, com boa movimentação de Muñoz e Dodô na frente, assustava o adversário, que era forçado a cometer faltas. Aos 27min, Arce, de novo em cobrança de falta, quase ampliou o placar, mas Luciano conseguiu espalmar para escanteio. No segundo tempo, Mário Sérgio trocou Anaílson por Wágner e Marlon por Aílton. O time melhorou e quase chegou ao empate logo aos 2min, com Aílton chutando em cima de Marcos, que fez 11 defesas durante a partida. Murtosa, então, resolveu alterar o desenho tático de sua equipe. Tirou Juninho e colocou Nenê, mudando do 4-4-2 para o 4-3-3. Além disso, reforçou a marcação colocando o volante Célio no lugar de Juliano. Ainda assim, o São Caetano chegou ao empate com Adhemar, aos 21min, após boa jogada de Serginho. Mas foi em vão. Um minuto depois, Dodô, que estava apagado na segunda etapa, fez o segundo gol palmeirense após rebote do goleiro Luciano. O time do ABC tentou responder com Claudecir, que perdeu chance incrível na frente de Marcos. O Palmeiras, então, deu o golpe de misericórdia. Arce, em cobrança de falta muito parecida com a do primeiro gol, fez 3 a 1, aos 36min. Com a vantagem, o time do ABC, que finalizou 30 vezes ao gol do rival, passou a pressionar e diminuiu com Marco Aurélio, aos 46min. Mas já era tarde. Texto Anterior: O que ver na TV Próximo Texto: Técnico destaca atuação de Juninho Índice |
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