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Brasil perde outra e fica em situação complicada
Time masculino corre risco de cair na primeira fase do Mundial de basquete
Leandrinho, que atua na NBA, falha em derrota para a Turquia, e pior campanha na história da competição ronda equipe do técnico Lula
ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL
A seleção masculina perdeu
ontem, no Mundial de basquete
do Japão, desta vez para a Turquia, por 73 a 71, e já vislumbra
sua pior campanha na história.
Caso não vença Grécia, campeã européia, hoje, às 7h30, ou
Lituânia, amanhã, às 4h30, o time será eliminado precocemente do Mundial e disputará
apenas do 17º ao 24º lugar.
Mesmo se vencer os dois jogos, corre o risco de pegar, nas
oitavas-de-final, os EUA, de LeBron James e Dwyane Wade.
Bicampeão mundial (1959 e
1963), o Brasil não chega ao pódio desde o Mundial das Filipinas-78, quando ganhou o bronze. Sua pior campanha foi o 11º
lugar no Canadá, em 1994.
Ontem, o time voltou a mostrar que tem dificuldade de enfrentar defesas fortes, que forçam o erro do rival. O Brasil teve aproveitamento sofrível nos
arremessos de quadra (37,1%) e
apresentou índice ainda pior
nos tiros de três pontos (dois
acertos em 17 tentativas).
Em um dia em que quase ninguém brilhou, Leandrinho acabou como herói e vilão. O armador do Phoenix foi o cestinha,
com 26 pontos. No entanto,
quando a grupo mais precisou
de sua boa pontaria, ele falhou.
O jogador levou falta a cinco
segundos do fim e poderia pôr o
Brasil à frente. Errou os dois tiros. Ao todo, a equipe não converteu 14 lances livres na partida, contra seis erros turcos.
"A Turquia mostrou que tem
boa equipe. Fomos bem no segundo tempo e tivemos a oportunidade de ganhar, mas não
conseguimos aproveitar", lamentou Lula, técnico do Brasil.
Os turcos, que ficaram em
nono no Europeu-05 e só foram ao Japão graças a convite
da federação internacional,
apostaram no jogo coletivo. E,
com o terceiro triunfo consecutivo em Hamamatsu, se classificaram às oitavas-de-final.
Para vencer, ao contrário do
Brasil, fizeram bom revezamento em quadra. O técnico
Bogdan Tanjevic usou dez jogadores, sendo que nove deles
atuaram ao menos 13 minutos.
A seleção brasileira tem dado
esse espaço só a sete atletas,
cansando seus destaques no final: Anderson Varejão (jogou
37 minutos ontem), Tiago
Splitter (ficou em quadra 33) e
Leandrinho (atuou outros 32).
Badalado com a presença de
dois atletas da NBA (Anderson
e Leandrinho), o time brasileiro precisa superar dois fantasmas nas rodadas finais: o grupo
falha nos momentos decisivos
e, historicamente, tem dificuldade de bater rivais europeus.
No Pré-Olímpico-03, foram
três derrotas por quatro pontos
ou menos (Argentina, Canadá e
Porto Rico). Agora, nos amistosos preparatórios, mesmo fazendo frente a rivais fortes, a
seleção voltou a cair na mesma
situação (EUA e Alemanha).
Não bastasse isso, para não
depender de ninguém, o Brasil
precisa vencer dois confrontos
seguidos contra europeus. A seleção não consegue essa façanha em Mundiais há 20 anos.
Os times do velho continente
venceram 26 vezes o Brasil e
sofreram 20 derrotas. Nos últimos dez jogos contra europeus
pelo torneio, a seleção nacional
coleciona apenas dois triunfos.
NA TV - Mundial de basquete
ESPN Brasil e Sportv, ao vivo, Brasil x Grécia, às 7h30 de hoje, e Lituânia x Brasil, às 4h30 de amanhã
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