Seleção de basquete derrota o Canadá por 75 a 67 com Leandrinho como cestinha; Nenê tem retorno apagado

Armador do Phoenix faz 30 pontos e conduz equipe nacional ao 1º triunfo no torneio, que concede duas vagas nos Jogos de Pequim

DA REPORTAGEM LOCAL

Na volta de Nenê à seleção brasileira em torneios oficiais, foi Leandrinho quem se destacou. O armador conduziu a equipe à vitória de ontem sobre o Canadá, por 75 a 67, na estréia no Pré-Olímpico de Las Vegas.
A competição classifica dois países para a Olimpíada-2008. Outras três seleções disputam uma repescagem mundial, às vésperas dos Jogos de Pequim.
Desde 1995 que o time nacional não batia o Canadá em Pré-Olímpicos. Em 1999 e 2003, porém, o rival contou com Steve Nash, eleito duas vezes o MVP (melhor jogador) da NBA. O armador é o principal desfalque da equipe deste ano.
O Brasil iniciou o jogo de ontem melhor. A marcação individual dificultava os arremessos do Canadá, que tinha dificuldade para penetrar no garrafão. No ataque, Murilo e Tiago Splitter levavam vantagem nos rebotes -foram cinco no primeiro tempo-, fazendo a seleção acumular mais pontos. No segundo quarto, porém, com a saída de Leandrinho, o time estancou no ataque. Nenê, que havia deixado o banco, mostrava falta de ritmo. Lento, era ineficiente na marcação e perdia muitas bolas no ataque.
Com isso, e graças à boa pontaria do ala Juan Mendez, o Canadá começou a ameaçar, terminando o primeiro tempo só três pontos atrás (36 a 33). No terceiro quarto, com o retorno do armador brasileiro do Phoenix à quadra, o time voltou a distribuir bem as bolas. Nenê continuava inoperante, mas ao menos chamava a marcação para si, ajudando o ataque a ter mais opções nos arremessos.
Com o Brasil distribuindo melhor as bolas, o time dirigido pelo técnico Lula conseguiu vantagem de dez pontos (54 a 44), dando a entender que o confronto estava ganho. Mas o Canadá voltou renovado no último quarto. Com boa movimentação ofensiva, fez a seleção nacional alterar marcação por zona para individual. Com uma enterrada de Samuel Dalembert, pivô do Philadelphia, os canadenses empataram o jogo pela primeira vez desde o quarto inicial (56 a 56). Sem conseguir parar o ataque canadense, o Brasil ainda perdeu seus dois principais pivôs -Tiago Splitter e Nenê-, desqualificados pela quinta falta. A entrada de Murilo, teoricamente um reserva, acabou sendo decisiva para o time. O pivô recuperou dois rebotes ofensivos nos segundos finais. (ADALBERTO LEISTER FILHO)