Atacante Neymar, 17, vira peça-chave de Luxemburgo para esquema mutante que ainda não perdeu

Desde a chegada do técnico, há sete rodadas, defesa da equipe converteu-se da mais vazada para a terceira mais eficiente do Brasileiro

DA REPORTAGEM LOCAL

Um time mais fechado no primeiro tempo, para minar o adversário. Um esquema mais aberto no segundo, para decidir. Hoje, às 18h30, contra o Goiás, no Serra Dourada, Vanderlei Luxemburgo tentará repetir a fórmula adotada pelo Santos nas últimas rodadas.
Desde a vitória por 1 a 0 contra o Coritiba, fora de casa, pela 17ª rodada, ele tem usado um sistema com três volantes no primeiro tempo: Rodrigo Mancha, Germano e Rodrigo Souto.
Na segunda etapa, o técnico substitui um dos volantes pelo atacante Neymar, 17, lançado como prodígio no Paulista-09, mas que perdeu a condição de titular. Hoje, tem a função de abrir o time e torná-lo mais ofensivo, incisivo no ataque.
"Quero um time que gaste o oponente para que eu possa deixar a equipe mais leve no segundo tempo", diz o treinador.
Para que tudo funcione, conta, Neymar, peça-chave do esquema, recebe orientação especial. "Eu peço para ele ser bem agressivo mesmo, ir pra cima dos zagueiros, para que a equipe se torne mais decisiva."
Sólido na defesa, o Santos escalado com três volantes não sofreu nenhum gol nos quatro jogos em que atuou assim.
Em compensação, só anotou uma vez nesses confrontos -no empate por 2 a 2 contra o Avaí. Daí a necessidade, cada vez mais com jeito de dependência, da entrada de Neymar.
Para a partida de hoje, o zagueiro Fabão, ex-Goiás, acredita que a manutenção da fórmula mutante de Luxemburgo é a melhor opção. "Quando o meio ajuda mais na marcação, facilita para nós", diz. "Jogar no Serra Dourada é complicado. Faz muito calor e o clima é bem seco. Se jogarmos abertos o tempo todo, vai ser complicado."
Em breve, Luxemburgo pode ter mais uma opção para mudar a maneira de o time jogar. Na opinião de Kléber Pereira, artilheiro do Santos no Nacional ao lado de Paulo Henrique -ambos têm seis gols-, a chegada do atacante Jean, que tem como principal característica a velocidade, pode reduzir a dependência por Neymar.
"Espero que o Jean esteja na fase boa dele. Com certeza pode nos ajudar muito", declarou.
Atrás, por ora, a situação parece mais controlada. Quando Luxemburgo assumiu a equipe, na 13ª rodada, o Santos tinha a pior defesa do Nacional, com 26 gols sofridos em 12 jogos.
Nas sete rodadas seguintes, levou apenas cinco.
No jogo de hoje, o desfalque é o lateral-esquerdo Leo. Recuperado de lesão na coxa esquerda, o jogador só deve voltar na quarta-feira, contra o Internacional. Assim, Pará continua improvisado no setor.



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