|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Bolt fatura 3º ouro, mas sem recorde mundial
Atleta vence no 4 x 100 m e, cansado,
diz competir por vitórias, não marcas
Após Jamaica triunfar nos
revezamentos masculino e
feminino, brasileiros, em 7º
e 5º, respectivamente, veem
novo apoio a pivô de doping
Olivger Lang/France Presse
|
|
Ao lado de trinitários, Usain Bolt passa o bastão a Asafa Powell
durante a vitória da Jamaica no revezamento 4 x 100m do Mundial
JOSÉ EDUARDO MARTINS
ENVIADO ESPECIAL A BERLIM
Usain Bolt encerrou ontem
uma das mais brilhantes participações de um atleta em Mundiais. O velocista jamaicano se
despediu do estádio Olímpico
de Berlim com a sua terceira
medalha de ouro, desta vez, porém, sem o recorde mundial.
O homem mais rápido do planeta garantiu mais um pódio ao
integrar a equipe jamaicana no
revezamento 4 x 100 m.
Com tranquilidade, o quarteto formado por Bolt, Asafa Powell, Michael Frater e Steve
Mullings completou a prova
com 37s31, novo recorde da
competição -a melhor marca
mundial para a prova é de
37s10, obtida pela própria Jamaica na final da Olimpíada de
Pequim, no ano passado.
"Estou muito feliz com o resultado, apesar de não ter batido o recorde mundial. Afinal,
entro em uma prova para vencer, não para quebrar marcas",
afirmou Bolt.
Antes do jamaicano, apenas o
americano Tyson Gay havia obtido três medalhas em uma único Mundial, em Osaka-2007.
Bolt, 23, mesmo poupado da
bateria de classificação, realizada anteontem, reclamou do
cansaço por disputar três modalidades na mesma semana.
"Não estou na minha melhor
forma, como foi em Pequim.
Estou morrendo, mas ainda assim sou rápido", brincou Bolt.
A prata no 4 x 100 m ficou
com a Trinidad e Tobago, com
37s62, e a Grã-Bretanha foi a
terceira, com 38s02.
Desfalcada dos técnicos Jayme Netto e Inaldo Sena e de
Jorge Célio e Bruno Lins -suspensos pelo caso de doping sistemático de EPO (eritropoietina)-, a equipe brasileira ficou
em sétimo lugar, com 38s52.
"O saldo foi positivo, ainda
mais se você pensar que fizemos quase tudo no improviso",
afirmou Sandro Viana, integrante do time brasileira.
O quarteto nacional, na verdade, só pôde atuar na decisão
porque os EUA, que tinham se
classificado no primeiro lugar,
foram eliminados por um erro
na passagem do bastão.
"Os britânicos que denunciaram os americanos. Temos de
agradecê-los", disse Viana.
No feminino, o Brasil acabou
em quinto lugar no 4 x 100 m,
com 43s13 -0s11 mais lento do
que o tempo da própria equipe
na semifinal. O ouro foi para a
Jamaica, com Bahamas em segundo e Alemanha em terceiro.
Assim como parte da equipe
masculina, as brasileiras também não estão muito preocupadas com a repercussão do
maior caso de doping da história do atletismo nacional -que
tirou também a velocista
Evelyn Santos do Mundial.
Vanda Gomes, da mesma
maneira que Vicente Lenilson,
pretende seguir com o técnico
Jayme Netto -mentor do doping. "Todo mundo pode errar.
Gostei da atitude dele, porque
ele ainda foi muito homem de
assumir a culpa. Ele ainda é o
meu técnico", afirmou Vanda.
Texto Anterior: Tostão: Relações perigosas Próximo Texto: Maurren salta para mitigar fiasco do país Índice
|