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FUTEBOL
Com gol de falta, ex-corintiano desencanta na equipe do Morumbi e assegura o empate diante do Atlético-PR
Ricardinho marca o 1º e salva o São Paulo
DA REPORTAGEM LOCAL
Em sua volta ao time após se recuperar de contusão, o meia Ricardinho marcou ontem o seu
primeiro gol pelo São Paulo e assegurou o empate em 1 a 1 com o
Atlético-PR, ontem, em Curitiba.
O ex-corintiano evitou que sua
equipe sofresse a quarta derrota
seguida fora de casa no Brasileiro
ao acertar uma cobrança de falta
aos 43min do segundo tempo.
O gol aconteceu justamente
uma semana antes do primeiro
jogo do atleta contra o seu ex-clube, domingo, e deixou o meia numa situação mais confortável.
Ele havia se contundido já na
sua terceira partida, contra o São
Caetano, e ficara fora dos dois últimos jogos. Seu desempenho vinha sendo questionado por conselheiros e torcedores, pois o time
havia perdido duas das três partidas em que atuara até então.
O retorno e o gol aconteceram
sem a presença do goleiro Rogério, contundido. Conselheiros da
oposição do São Paulo desconfiam que ele lidere um boicote
contra Ricardinho. Rogério chegou a discutir com a diretoria, alegando que, se o clube teve dinheiro para trazer o meia, poderia pagar bichos melhores aos atletas.
Coincidentemente, o primeiro
gol de Ricardinho por seu novo
clube foi justamente numa especialidade de Rogério: cobrança de
falta. "Estou muito feliz pelo gol,
que saiu na hora certa. Mas é uma
pena não termos vencido a partida", afirmou Ricardinho.
Contratado para ser o "maestro" do time, Ricardinho foi pouco acionado pelos companheiros
no primeiro tempo. Nesse período, recebeu 12 bolas e foi apenas o
quinto atleta do clube que mais
recebeu passes. "Fui pouco acionado [no primeiro tempo" porque
a marcação foi muito forte", disse.
Na etapa final, ele recebeu mais
16 passes e deixou o campo como
o segundo são-paulino mais acionado, ao lado de Luis Fabiano.
Sem o volante Maldonado, contundido, Oswaldo de Oliveira decidiu começar o jogo usando o esquema 3-5-2, com Jean, Júlio Santos e Régis na zaga.
Oliveira optou por três zagueiros para compensar a ausência de
Maldonado, um dos marcadores
mais eficientes da equipe.
Os paranaenses conseguiram
pressionar o rival nos primeiros
cinco minutos de partida, sem
deixar os são-paulinos chegarem
ao campo de ataque.
Mas essa pressão não durou
muito. O São Paulo melhorou na
marcação e também avançou.
A defesa com três zagueiros
passou a ter dificuldade após os
30min da etapa inicial, quando os
jogadores do Atlético-PR arriscaram mais os dribles.
As jogadas individuais desorganizaram o sistema defensivo são-paulino. Roger e Régis chegaram
a discutir depois de uma falha do
zagueiro, que praticamente tirou
a bola das mãos do goleiro numa
jogada de cabeça.
Apesar do nervosismo dos dois,
o juiz Antônio Pereira da Silva já
havia parado o lance ao marcar
falta do ataque paranaense.
Os são-paulinos criaram as suas
melhores chances no primeiro
tempo nos últimos minutos.
Mas os paranaenses tiveram
mais oportunidades para abrir o
placar. No primeiro tempo, foram
apenas quatro finalizações são-paulinas contra dez dos rivais.
Na etapa final, o Atlético-PR teve ainda mais facilidade para atacar, já que o adversário recuou.
As principais jogadas da equipe
de Valdyr Espinosa aconteceram
pelo lado esquerdo, mas o gol do
Atlético demorou a sair.
A insistência dos atleticanos em
atacar pela esquerda deu resultado. Foi por esse setor que começou a jogada do gol.
Fabiano driblou seu marcador e
tocou para Adriano cruzar na
área. Dagoberto chutou para fazer
1 a 0, aos 31min.
Depois do gol, Oliveira colocou
o atacante Leandro em campo.
Com a mudança, o São Paulo ficou mais ofensivo, mas deu espaço para o adversário tentar explorar os contra-ataques.
Os jogadores são-paulinos começavam a demonstrar desânimo, aos 43min, quando Ricardinho empatou o jogo, numa perfeita cobrança de falta.
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