São Paulo, segunda-feira, 23 de setembro de 2002

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FUTEBOL

Paysandu, Vasco e Goiás, que estavam na zona de rebaixamento, pontuam e isolam equipe paulista na laterna

Rodada afunda ainda mais o Palmeiras

DA REPORTAGEM LOCAL

A sina do Palmeiras parece não ter fim. A derrocada da equipe paulista foi acentuada após a rodada de ontem, quando o Paysandu venceu e isolou ainda mais a equipe do Parque Antarctica na última posição da tabela.
Além dos três pontos somados pelos paraenses, que foram a dez, os outros dois times que estavam na zona de descenso marcaram pontos: Goiás e Vasco empataram em seus jogos, e agora somam 11 e 10 pontos no Brasileiro-2002.
Com sete pontos e apenas uma vitória no campeonato, o Palmeiras -que não vence há um mês- está fadado a permanecer na última posição mais uma rodada. A não ser que goleie o Paysandu em casa por cinco gols de diferença, já que o Goiás, vice-lanterna, só volta a jogar domingo.
Para se reabilitar, o Palmeiras tem um duro caminho. Após a partida contra o Paysandu, o time terá três clássicos nas rodadas seguintes: Santos, São Paulo e Lusa.
Mas a crise palmeirense não se restringe aos resultados em campo. O ambiente entre os jogadores não é bom. Principalmente por causa do racha aberto entre Marcos e o treinador Levir Culpi.
O técnico decide hoje se o goleiro é "homem" para jogar no seu time. A resposta sairá de uma reunião entre os dois, que vai decidir se Marcos retomará o posto de titular na partida de quinta-feira.
A ausência de Marcos no último fracasso da equipe, anteontem, contra o Figueirense, irritou o técnico. Culpi esbravejou ao ficar sabendo que o pentacampeão, que dizia sentir dores na coxa, não viajaria para Santa Catarina.
"Puta que o pariu. Se ele [Marcos" não quiser vir, que não venha. Estou precisando de homens aqui", afirmou o treinador na sexta-feira passada.
Culpi manteve o discurso após a derrota para os catarinenses. Mesmo lamentando o resultado, o técnico insistiu em homenagear os jogadores que lá estiveram pelo empenho demonstrado. Resignado, entretanto, voltou a dizer que "nada está dando certo".
Ontem, já de volta a São Paulo, o treinador soube que já poderá escalar o goleiro, além de Arce e Zinho, que também desfalcaram o time anteontem.
"Confio no potencial que a equipe possui. A partir da próxima quinta-feira, começaremos a dar a volta por cima. O Levir [Culpi" poderá contar com todos os titulares: com o Marcos, o Arce, o Zinho", disse Carlos Pracidelli, preparador de goleiros do Palmeiras, que deu a notícia da recuperação do goleiro a Culpi.
Arce e Zinho estarão em campo contra o Paysandu. Culpi só não confirmou o retorno de Marcos, a quem parece não ter "perdoado".
O técnico desconfiou da veracidade da contusão do goleiro pelo fato de o jogador ter dito que gostaria de deixar o time titular -após a derrota para a Ponte Preta, por 2 a 0, quando o goleiro cometeu os dois pênaltis que resultaram em gols dos rivais.
Além disso, o técnico elogiou a performance do reserva Sérgio contra o Figueirense. Alheio ao imbróglio entre a comissão técnica e o goleiro pentacampeão, Sérgio disse que está pronto se for novamente escalado.
"Realmente não queria entrar em uma situação como essa, mas não posso fugir da minha responsabilidade. Acho que no final deu para mostrar que o Palmeiras está bem servido de goleiros", disse o segundo goleiro palmeirense.
Levir também tem outros dois problemas. O técnico não poderá contar com o volante titular Paulo Assunção e o atacante Juninho. Ambos receberam o terceiro cartão amarelo na derrota para o Figueirense e estão suspensos.


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