São Paulo, sábado, 23 de setembro de 2006

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Segunda divisão aproxima pontas da classificação

Distância entre líder e lanterna da competição é muito menor do que em outros campeonatos de pontos corridos

Dez times já ganharam dez partidas no torneio, contra apenas seis da divisão da elite, cuja luta pelo título também é mais restrita


PAULO COBOS
DA REPORTAGEM LOCAL

Um campeão com campanha nada excepcional e rebaixados nem tão ruins assim.
A segunda divisão do Campeonato Brasileiro, que hoje fecha sua 26ª rodada, caminha para terminar dessa forma.
Sem contar as duas partidas que seriam realizadas ontem, depois do fechamento desta edição, apenas 25 pontos percentuais separavam o aproveitamento do Sport, líder até então, e o do Ceará, o lanterna.
Na Série A, essa diferença é hoje de 40 pontos. Nos maiores torneios nacionais da Europa, costuma ficar próxima de 50.
Apenas três pontos separavam o primeiro do quarto colocado. Na primeira divisão, essa diferença é de nove pontos. Só nas seis rodadas do segundo turno, o campeonato já teve três líderes. Na elite, o São Paulo reina absoluto há muito tempo no topo da classificação.
Com seu aproveitamento, o Sport estaria brigando pela terceira posição na divisão de elite. O Ceará subiria duas posições de estivesse na Série A do Campeonato Brasileiro.
E não é só na pontuação que a Segundona, na primeira vez em que é disputada nos pontos corridos, foge do padrão.
O Coritiba figurava em quarto, último lugar a obter o acesso, com um saldo positivo de apenas seis gols. O Brasiliense é o décimo, com oito de saldo.
O lanterna Ceará perdeu nove vezes em 25 rodadas. O América-RN aparece em sexto mesmo com 12 derrotas.
Com esse quadro, uma série de resultados ruins faz um time despencar rapidamente.
O Avaí era o líder quase até o final do primeiro turno. Hoje, está apenas em oitavo lugar.
O contrário também acontece. O Remo parecia condenado à Série C ao final da primeira metade. Agora, vindo de três vitórias seguidas, se vê em condição real de escapar do rebaixamento à Terceirona.
No meio do equilíbrio, o futebol paulista pena.
Nenhum dos quatro times que seriam promovidos hoje é do Estado com o maior número de participantes da competição (seis). Em compensação, dois dos que estariam rebaixados até ontem eram paulistas.
O caso mais dramático é o do Portuguesa, que no primeiro semestre já sofreu um rebaixamento -caiu para a segunda divisão no Paulista. Na terça-feira, depois de uma derrota para o Santo André no Canindé, torcedores causaram danos no carro do juiz da partida.


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