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José Augusto, com ganho provisório, assegura emprego
Corinthians concede aumento "por fora" para treinador
que substituiu Carpegiani e que segue com salário da base
Expediente é usado para
que técnico possa retornar à
função anterior, com salário
antigo, o que pode ocorrer
após a eleição de outubro
DA REPORTAGEM LOCAL
Em meio à turbulência política, um emprego no Corinthians está assegurado. Nem a
renúncia de Alberto Dualib fará
o técnico José Augusto, que comandará o time no clássico das
16h contra o Palmeiras, deixar
de trabalhar no clube.
O aumento recebido pelo
treinador ao ser efetivado na
equipe profissional foi maquiado para que ele possa retornar
às categorias de base.
Como técnico do time sub-17, ele recebia R$ 9.000 mensais (salário bruto). Com a promoção, passou a receber pouco
mais de R$ 25 mil. O vencimento na carteira, porém, continua
o mesmo. O valor adicional,
chamado pela diretoria de
"prêmio", é recebido à parte,
descontados os impostos, informa o clube.
"O Zé Augusto é um funcionário muito competente. Essa
foi a forma encontrada para
que ele possa retornar ao seu
antigo posto caso o clube decida optar por outro treinador no
profissional no futuro", explica
o vice financeiro corintiano,
Emerson Piovezan.
O expediente usado com o
atual treinador não foi feito
com Márcio Bittencourt, por
exemplo. O ex-auxiliar técnico
do clube foi promovido em
2006, recebeu aumento e,
quando a diretoria decidiu
substituí-lo, ele não pôde retornar à antiga função.
"É de conhecimento nosso
que treinador depende de resultado. No momento que a diretoria achar que meu espaço já
foi, eu volto para a base", afirma, conformado, Zé Augusto.
Com a eleição para a escolha
do novo presidente marcada
para o dia 9 de outubro, é possível que ele não consiga nem
completar o Brasileiro.
O vice de futebol, Antoine
Gebran, afirmou que, enquanto
estiver no cargo, o treinador
permanece no profissional.
O próprio Gebran não sabe se
continuará na função após a
chegada do novo presidente.
Terá mais chances disso se
Paulo Garcia, candidato preferido da atual diretoria, vencer.
Com Andrés Sanches ou Osmar
Stábile, a chance é mínima.
Para tentar escapar do turbilhão político, Gebran decidiu
levar a equipe para Atibaia (interior de SP) nos últimos dias.
Os jogadores não demonstraram estar incomodados com as
saídas de Dualib e do vice Nesi
Curi. Disseram-se mais preocupados com o clássico e com a
situação do time, que tem 33
pontos e, se perder, pode até
reaparecer na zona da degola.
Mesmo assim, Gebran recebeu a incumbência do presidente corintiano, Clodomil Orsi, de explicar para o elenco a situação administrativa do clube.
Durante a semana de preparação, Zé Augusto até realizou
treino secreto. E disse ser uma
honra enfrentar o Palmeiras.
"Tive o clássico contra o Santos, mas sei que contra o Palmeiras a importância é maior.
Para mim, é um privilégio participar de um jogo assim."(EDUARDO ARRUDA E PAULO GALDIERI)
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