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Eleição faz dirigente virar técnico
DA REPORTAGEM LOCAL
A eleição municipal fez
com que um dos nanicos
que brilham na Série C viva uma situação inusitada.
Com o pedido de licença
do presidente Sebastião
Ferreira Neto, candidato a
vice-prefeito de Marabá
(Pará), o Águia tem como
principal cartola e treinador a mesma pessoa.
De forma interina como
principal cartola do clube,
João Galvão, 40, resolveu
assumir o time depois de
um início ruim na Série C.
Ele demitiu o treinador
e nomeou a si próprio para
o cargo. "O time embalou
comigo e além disso economizo o dinheiro do clube", diz Galvão, que pagava
R$ 7.000 para seu ex-treinador, ou cerca de 10% do
que o clube custa por mês.
Com seu cartola/técnico, que tem Telê Santana
como modelo, o Águia já
está na terceira fase e ainda com chances de passar
para o octagonal decisivo
da Série C do Nacional.
Galvão diz que seus jogadores não ficam constrangidos de terem a mesma pessoa como técnico e
presidente. "Tenho um relacionamento aberto com
os atletas", diz ele, que ainda acumula as duas funções com o trabalho em
uma concessionária de
veículos em Marabá.
Questionado se uma eliminação nesta fase iria fazer o cartola Galvão demitir o técnico Galvão, ele foge do assunto. "Estamos
ultrapassando barreiras e
conseguindo grandes feitos. O trabalho é bom", diz
ele, que comanda um clube para lá de modesto.
O Águia manda seus jogos em um estádio com capacidade para 3.000 pessoas. Se passar ao octagonal decisivo, terá que mudar de sede.
E novamente políticos
devem ajudar. Segundo
Galvão, a governadora Ana
Júlia Carepa (PT) prometeu todo apoio na fase final
da Série C.
(PC)
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