São Paulo, terça-feira, 23 de setembro de 2008

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VÔLEI

A nova geração


Seleção juvenil disputa o Sul-Americano e tenta manter seu domínio no continente nas categorias de base

CIDA SANTOS
COLUNISTA DA FOLHA

CHEGOU A HORA de a nova geração do vôlei feminino brasileiro entrar em quadra. Na sexta-feira, a seleção juvenil embarca para o Peru, onde será disputado o Sul-Americano, que vale duas vagas para o Mundial. O Brasil é o favorito, mas o torneio já indica novas tendências no continente.
O Peru, vice-campeão olímpico e mundial na década de 80 e que nos últimos dez anos foi superado até pela Argentina, voltou a investir na base. Resultado: nos dois últimos Sul-Americanos infanto-juvenis, as peruanas eliminaram as argentinas e fizeram a final com o Brasil.
No torneio juvenil, que reúne jogadoras nascidas em 90 e 91, a tendência é a mesma. Apesar do favoritismo, o Brasil vai ao Sul-Americano com a geração que teve o pior resultado em Mundiais infanto: quinto lugar no ano passado, no México.
O técnico Antônio Rizola diz que essa geração não é tão forte tecnicamente como as anteriores. Na campanha em que ficou em quinto, o Brasil sofreu com a falta de pontas passadoras e de uma oposto de força. Segundo ele, só cinco jogadoras que foram ao Mundial infanto continuam no grupo para o Sul-Americano. As razões são várias: umas pararam de jogar, outras foram para o exterior e outras simplesmente não evoluíram tecnicamente. A razão? A falta de times para jogar.
A maioria das jogadoras das seleções de base se concentra em quatro clubes: Osasco, Pinheiros, São Caetano e Minas. Resultado: muitas acabam ficando no banco. Não têm oportunidade de ser titular, de jogar.
Para complicar, nem todas as federações estaduais seguem a norma internacional, que determina que os torneios juvenis tenham atletas nascidas a partir de 1990. Em São Paulo, as competições reúnem atletas de 1989. Ou seja, menos oportunidade ainda para as mais jovens jogarem.
Na Europa, novas forças também estão despontando. Um exemplo é a Turquia: vice-campeã mundial juvenil em 2007 e terceira colocada no último Europeu. O destaque do time é a levantadora Naz Aydemir. Ela foi eleita a melhor jogadora tanto no Mundial como no Europeu.

FORÇA EUROPÉIA
No Campeonato Europeu juvenil, pela terceira vez consecutiva o título ficou com as italianas. Elas venceram rapidinho as russas na final pelo placar surpreendente de 3 sets a 0, com parciais de 25/12, 25/ 20 e 25/15. As duas seleções estão classificadas para o Mundial juvenil de 2009, que será realizado no México.

GRAND PRIX
Surpresa no qualificatório europeu para o Grand Prix de 2009. A Itália não se classificou e está fora da competição. As vagas do continente ficaram para Holanda, Rússia e Alemanha. O Brasil já tem classificação assegurada.

cidasan@uol.com.br


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