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Brasil disputa Mundial "em casa"
Oito dos 14 atletas do time de vôlei atuaram na Itália, sede do torneio que começa no sábado
MARIANA BASTOS
DE SÃO PAULO
"Quando venho para cá,
eu me sinto em casa", disse o
oposto Leandro Vissotto logo
após desembarcar na Itália,
sede do Mundial de vôlei.
Seu sentimento em relação ao país europeu é compartilhado por mais da metade da seleção brasileira. Oito
dos 14 jogadores que disputarão o torneio já atuaram em
algum momento da carreira
no eldorado do vôlei.
Além de Vissotto, Giba,
Murilo, João Paulo Bravo,
Rodrigão, Sidão, Dante e
Marlon estão nessa lista.
Não é à toa. Desde a década de 90, a Itália possui o
Campeonato Nacional mais
forte do mundo.
"Minha passagem na Itália
foi muito boa. Cresci muito.
Foi onde eu dei o salto de
qualidade, tornando-me um
jogador de alto nível", atestou Vissotto, que, como o sobrenome já antecipa, é descendente de italianos.
O oposto titular da seleção
chegou à Itália em 2006, passou por três equipes -Latino, Taranto e Trentino- e se
tornou ídolo no país após
conquistar títulos da Liga
dos Campeões, da Copa da
Itália, do Campeonato Italiano e do Mundial de clubes.
"Os italianos gostam muito do vôlei brasileiro. Alguns
torcedores do Trentino, inclusive, mandaram uma
mensagem para mim dizendo que vão a Verona para me
dar um abraço", contou o jogador, que acabou de retornar ao vôlei brasileiro. Seu
novo time é o Araçatuba.
A cidade-sede dos jogos do
Brasil na primeira fase traz
recordações mais especiais
ainda para Marlon. Foi em
Verona que o levantador jogou a temporada 2006/2007.
"Foi importante para mim
medir forças com levantadores estrangeiros. Era uma
competição de que eu nem
sonhava participar porque
nem era de seleção. Na Itália,
ganhei mais convicção do
meu trabalho", disse Marlon.
Já João Paulo Bravo atribui
sua primeira convocação
nesta temporada ao seu bom
desempenho no país mediterrâneo, onde atuou por cinco anos. "É mais fácil me conhecerem na Itália do que no
Brasil", brincou o ponta, que
deixou o Piacenza para jogar
no Arkas, da Turquia.
Curiosamente, a atual seleção brasileira não conta
com nenhum atleta que defenderá equipes italianas em
2010/2011, um fato raro.
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