São Paulo, quinta-feira, 23 de setembro de 2010

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Brasil disputa Mundial "em casa"

Oito dos 14 atletas do time de vôlei atuaram na Itália, sede do torneio que começa no sábado

MARIANA BASTOS
DE SÃO PAULO

"Quando venho para cá, eu me sinto em casa", disse o oposto Leandro Vissotto logo após desembarcar na Itália, sede do Mundial de vôlei.
Seu sentimento em relação ao país europeu é compartilhado por mais da metade da seleção brasileira. Oito dos 14 jogadores que disputarão o torneio já atuaram em algum momento da carreira no eldorado do vôlei.
Além de Vissotto, Giba, Murilo, João Paulo Bravo, Rodrigão, Sidão, Dante e Marlon estão nessa lista.
Não é à toa. Desde a década de 90, a Itália possui o Campeonato Nacional mais forte do mundo.
"Minha passagem na Itália foi muito boa. Cresci muito. Foi onde eu dei o salto de qualidade, tornando-me um jogador de alto nível", atestou Vissotto, que, como o sobrenome já antecipa, é descendente de italianos.
O oposto titular da seleção chegou à Itália em 2006, passou por três equipes -Latino, Taranto e Trentino- e se tornou ídolo no país após conquistar títulos da Liga dos Campeões, da Copa da Itália, do Campeonato Italiano e do Mundial de clubes.
"Os italianos gostam muito do vôlei brasileiro. Alguns torcedores do Trentino, inclusive, mandaram uma mensagem para mim dizendo que vão a Verona para me dar um abraço", contou o jogador, que acabou de retornar ao vôlei brasileiro. Seu novo time é o Araçatuba.
A cidade-sede dos jogos do Brasil na primeira fase traz recordações mais especiais ainda para Marlon. Foi em Verona que o levantador jogou a temporada 2006/2007.
"Foi importante para mim medir forças com levantadores estrangeiros. Era uma competição de que eu nem sonhava participar porque nem era de seleção. Na Itália, ganhei mais convicção do meu trabalho", disse Marlon.
Já João Paulo Bravo atribui sua primeira convocação nesta temporada ao seu bom desempenho no país mediterrâneo, onde atuou por cinco anos. "É mais fácil me conhecerem na Itália do que no Brasil", brincou o ponta, que deixou o Piacenza para jogar no Arkas, da Turquia.
Curiosamente, a atual seleção brasileira não conta com nenhum atleta que defenderá equipes italianas em 2010/2011, um fato raro.


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