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Com "intocáveis", Atlético pega o Flu
Na zona de rebaixamento, time foge do comum e dá sobrevida aos criticados Luxemburgo e Fábio Costa
DE SÃO PAULO
Quando a fase é ruim, é comum que a culpa caia nas
costas do técnico e do goleiro. E mais comum ainda é
que o arqueiro seja barrado, e
o técnico, demitido.
No caso do Atlético-MG,
que hoje enfrenta o Fluminense, o péssimo momento
no Campeonato Brasileiro
mantém intocáveis o técnico
Vanderlei Luxemburgo, dono de um aproveitamento de
30%, e o goleiro Fábio Costa,
titular absoluto apesar de
uma série de erros fatais.
A equipe mineira corre sério risco de ser rebaixada pela segunda vez na década
(caiu em 2005). Atualmente,
é a 17ª colocada, com 23 pontos e seis vitórias. Longe de
Minas Gerais, bateu apenas o
Atlético-GO. Hoje, justamente contra o vice-líder do campeonato, busca seu segundo
triunfo fora de casa.
Nos últimos jogos, a torcida atleticana pediu a saída
do treinador, que parece não
balançar em nenhum instante. O presidente Alexandre
Kalil tem batido no peito e
garantido a permanência de
Luxemburgo no time.
O cartola mantém a máxima de que um treinador precisa de tempo para trabalhar.
E pode-se dizer que, neste
ano, ninguém teve tanto tempo para trabalhar no mesmo
time quanto Luxemburgo.
Com a demissão de Dorival
Jr. no Santos, Luxemburgo
passou a ser o técnico mais
duradouro dos principais
clubes do futebol brasileiro.
Só ele está no mesmo time
desde o início do ano.
"Eu não vi nenhuma unanimidade a respeito de troca
de treinador. Existe um movimento forte, sim, mas não vi
unanimidade", disse Kalil,
em entrevista coletiva.
"Quem botou [nesta situação] o Atlético que tire o Atlético. Nós botamos, então temos que nos abraçar e tirá-lo
de lá", completou o cartola.
A presença de Fábio Costa,
que foi goleiro de Luxemburgo no Santos, também permanece ilibada. Estrelas do
time, Ricardinho e Diego
Souza já foram barrados pelo
treinador, que jamais fizera o
mesmo com o goleiro.
O ex-santista tem sido criticado pela torcida por falhas
recorrentes . Errou contra Internacional (1 a 2) e Atlético-
-GO (3 a 2), por exemplo. No
último jogo, na derrota para
o Vitória, cometeu pênalti logo aos 3min de jogo.
Os números atestam a ineficiência do sistema defensivo do Atlético. Para começar,
levou 40 gols em 23 jogos -é
o pior desempenho do campeonato, ao lado do Goiás.
E, segundo o Datafolha,
Fábio Costa faz, em média,
2,7 defesas por partida. Neste
ranking de goleiros, ele não
aparece nem entre os 20 primeiros colocados.
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