São Paulo, sexta-feira, 23 de setembro de 2011

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Em 1 ano, time 'perde 2 Hernanes'

SÃO PAULO
Clube rejeita ofertas, não capta R$ 63 mi, e Dagoberto também sairá sem dar lucro


RAFAEL REIS
DE SÃO PAULO

Em menos de um ano, o São Paulo deixou de arrecadar € 25 milhões (R$ 63 milhões na cotação atual) com transferências que já não terá mais como recuperar.
O valor, quase o equivalente ao dobro da venda de Hernanes, maior negócio recente do clube, refere-se a ofertas que foram rejeitadas no Morumbi por jogadores que acabaram saindo (ou estão prestes a fazê-lo) de graça.
Foi o que aconteceu com Richarlyson e Miranda. Ambos deixaram o São Paulo após o fim de seus contratos.
Mas, se tivessem sido negociados antes, poderiam ter rendido juntos € 18 milhões.
O volante, que teve oferta de € 6 milhões de times alemães em 2008, não teve o vínculo renovado pela diretoria no fim da temporada passada e hoje está no Atlético-MG.
O zagueiro, que teve recusada pelo São Paulo uma oferta de € 12 milhões do Wolfsburg em 2009, assinou pré-contrato com o Atlético de Madri e se mandou para a Espanha no meio do ano, sem render lucro para o clube.
O mesmo está para acontecer com Dagoberto. O atacante tem contrato até abril e, no próximo mês, já poderá assinar um acordo prévio para trocar de equipe sem gerar receita para o São Paulo.
E é praticamente certo que ele escolherá esse caminho. Segundo o agente Marcos Malaquias, que trabalha com o jogador, o atacante só espera a valorização causada por um possível título brasileiro para fechar com outro time.
Dagoberto se irritou com a demora para o início das conversas sobre a renovação e quer sair. Bem diferente de um ano atrás, quando disse "não" à proposta de € 7 milhões do ucraniano Metalist Kharkiv. "Faltou jogo de cintura do São Paulo para nos convencer", disse Malaquias.
Até mesmo quando consegue negociar seus jogadores, o clube do Morumbi não ganha tanto quanto poderia. Dois anos antes de vender Hernanes para a Lazio por € 13,5 milhões, no meio de 2010, o São Paulo havia se recusado a negociá-lo com o Barcelona por € 15 milhões.
A diretoria do São Paulo se defende. Diz que não depende dos ganhos com "venda e compra de jogadores" e que o dinheiro que deixou de arrecadar não faz falta para um clube que é superavitário.
"Quando contratamos alguém, não é para negociá-lo, mas para usufruir do seu futebol", disse o vice de futebol João Paulo de Jesus Lopes.


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