|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Palmeirenses temem seu próprio alçapão
DA REPORTAGEM LOCAL
Os estádios "alçapões" sempre
levam jogadores e técnicos a terem receio de ter de atuar neles.
No caso do Parque Antarctica,
que hoje às 18h abriga o jogo Palmeiras x Atlético-PR, até mesmo
os anfitriões, têm se sentido pouco à vontade lá a ponto de não se
lembrarem de que no estádio o time é quase imbatível.
Apesar de seus atletas e o treinador Estevam Soares terem passado a semana de preparação para o
confronto com o líder do Brasileiro dizendo que precisariam esquecer a pressão de jogar no Parque Antarctica, o Palmeiras tem
feito de sua casa um "matadouro"
na temporada de 2004.
Neste ano, o Palmeiras já atuou
21 vezes em seus domínios. Mesmo com a notória pressão que sua
torcida -sobretudo a chamada
"turma do amendoim", que fica
nas cadeiras cobertas- costuma
fazer quando o time não joga
bem, a campanha é positiva. Foram 11 vitórias, oito empates e em
apenas duas oportunidades os
palmeirenses saíram de seu próprio campo derrotados: perderam para o Goiás (3 a 0) e, no dia
em que escolheu para comemorar
em campo seus 90 anos, para o
Cruzeiro (3 a 1 de virada).
Talvez a explicação para o recente "problema" dos palmeirenses com relação a seu próprio estádio tenha tido origem justamente no fato dessas duas únicas
derrotas em casa durante todo o
ano terem ocorrido no Nacional.
Na competição em que ocupa o
sexto lugar, com 59 pontos (dez a
menos que o rival de hoje), o Palmeiras não está entre os times
com melhor aproveitamento como mandante. Numa fictícia tabela apenas com pontos obtidos
quando atuou em casa -aí incluídos os clássicos em que era
mandante e não atuou no Parque
Antarctica-, o time estaria na 16ª
colocação, com 29 pontos e um
aproveitamento de 56,9%.
Como comparação, o Atlético-PR, que tem a melhor campanha
em seus domínios, conseguiu
77,2% dos pontos que disputou
na Arena da Baixada.
Apesar desse pífio desempenho
em casa no Nacional, o Palmeiras
costuma atuar melhor no Parque
Antarctica do que quando vai aos
estádios de seus adversários.
Segundo o Datafolha, a equipe é
melhor em quase todos os fundamentos quando está em casa.
No Parque Antarctica, que tem
hoje capacidade para abrigar 30
mil torcedores, o time palmeirense troca mais passes (311 contra
296 como visitante), acerta mais
(83,3% contra 82,1), dribla mais
vezes (16,4 a 14,2), dá mais assistências (1,9 a 0,9), finaliza mais a
gol (14,9 contra 11,4) e melhor
(38,3% a 36,8%).
Para os jogadores, o apoio da
torcida será fundamental para
que o time vença o Atlético-PR.
"Se logo no primeiro erro o torcedor vaiar, fica difícil jogar. Será
um jogo muito complicado, e o
torcedor precisa ter paciência",
justifica Baiano, que hoje retorna
à ala esquerda da equipe.
Já no Atlético-PR, que defende
uma invencibilidade de 18 jogos
no Nacional, o problema são os
desfalques ocasionados por contusões. Além de não ter Dagoberto, que sofreu uma lesão nos ligamentos do joelho e está fora do
torneio, o time não poderá contar
com o zagueiro Rogério Correia,
com lesão na coxa direita.
(PGA)
Colaborou a Agência Folha
Texto Anterior: Atlético-MG é proibido de atuar em Minas Próximo Texto: Frase Índice
|