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PINGUE-PONGUE
Meia diz que é só "coincidência" ir bem ante o rival
DA REPORTAGEM LOCAL
Para Ricardinho, seu crescimento de produção contra o
São Paulo não tem muita explicação. Nega entrar com motivação especial contra o rival e
diz ser "coincidência".
(RBU)
Folha - Por que você rende
mais quando pega o São Paulo?
Ricardinho - Esses números
contra o São Paulo são coincidência. Não há motivação extra
em enfrentar o São Paulo.
Folha - Mas contra o São Paulo
você até faz mais gols.
Ricardinho - Fiz alguns. Nunca fui de fazer muitos gols. Sou
mais de armação, de organizar
jogadas. É coincidência, pois fiz
gols [contra o São Paulo] por
outra equipe [Corinthians].
Folha - Na última rodada, vocês fez dois gols de cabeça. No
primeiro turno, fez gol de falta
no São Paulo. Como explica essa
boa fase, fazendo gols que até
não estava muito acostumado?
Ricardinho - Você tem que se
aprimorar para produzir melhor. Quando você é mais novo
corre mais, mas quando fica
mais velho corre de forma mais
produtiva. Tenho mais uns sete
anos para jogar em bom nível.
Folha - Acha que pode voltar à
Europa, onde não teve boas experiências? E para a seleção?
Ricardinho - Não posso dizer
que a Europa foi uma experiência que não deu certo. Na primeira vez [Bordeaux], fui muito jovem, com 20 ou 21 anos.
Na segunda [Middlesbrough],
não pude jogar. O clube perdeu
o prazo de inscrição, e eu só podia treinar. Sobre voltar à Europa, nunca dá para dizer nunca.
E tenho idade para outra Copa.
Folha - Ex-jogador de Corinthians e São Paulo, você se adaptou logo ao Santos. Por quê?
Ricardinho - Eu briguei por
essa identificação com o clube.
Folha - E como se sente nos
clássicos contra os ex-times, como o de amanhã?
Ricardinho - Sempre vai ter
uma rivalidade, mas por causa
do clássico mesmo, de um Santos x Corinthians, um Santos x
São Paulo. Mas sei que vão falar
da minha volta ao Morumbi...
Folha - Seu pai [José Luis Pozzi]
ainda é são-paulino?
Ricardinho - Quando estou
com ele, mal falamos de futebol. Sinceramente, não sei.
Tem que perguntar para ele.
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