São Paulo, domingo, 23 de outubro de 2005

Próximo Texto | Índice

PAINEL FC

Arquivo X
Estatísticas levantadas pela Polícia Civil mostram que houve 20 mortos e 107 feridos nos últimos dez anos por conta de brigas de torcidas. Os detalhes estão sendo mantidos em sigilo sob a alegação de que, caso se tornem públicos, as investigações podem ser atrapalhadas.

Olhômetro
Apesar de dizer que não tem acesso às estatísticas, o promotor da Cidadania Fernando Capez afirma que a violência entre organizadas aumentou nos últimos três anos. Capez avalia que antes desse período ""o clima era mais tranquilo".

Perdão
A comissão de arbitragem da CBF voltará a escalar na próxima rodada o auxiliar Altemir Haussman (RS), que foi para geladeira após errar na partida Vasco x Figueirense. O presidente vascaíno, Eurico Miranda, chegou a fazer representação no STJD contra o bandeira.

Cada caso é um caso
Edson Rezende, presidente da comissão de arbitragem, afirma que o tempo do afastamento dos árbitros depende do tamanho de seus erros.

A laço
Paulo José Danelon irá depor terça na Comissão de Turismo e Desporto, no Congresso. Quem está dando trabalho é Edilson Pereira de Carvalho. ""Primeiro, disse que viria. Depois, só com seu advogado. Concordamos em pagar a passagem do advogado, mas agora falou que não podia de novo", diz o deputado Silvio Torres (PSDB-SP).

Comunidade
Cartolas reclamam que a indicação de Marcos Marinho para a comissão de arbitragem deixou a FPF dominada por policiais. Em contrapartida, pessoas próximas à federação atribuem o fato ao resultado natural de indicações dos policiais que já estavam por lá e teriam levado amigos que julgam competentes.

Cara na porta
A advogada Gislaine Nunes, famosa por suas vitórias trabalhistas a favor de jogadores, afirmou que sob hipótese alguma defenderá Edilson Pereira de Carvalho, que tentou contatá-la via ligação telefônica. ""Ele disse que ia vir aqui ao meu escritório, ficar de plantão na porta até eu atendê-lo. Mas não tenho nada para conversar com ele", diz.

Vítima
Ao "Jornal de Piracicaba", Nagib Fayad, o Gibão, acusou o árbitro Paulo José Danelon de o procurar e se oferecer para fraudar jogos. Disse o mesmo do ex-juiz Edilson Pereira de Carvalho.

Sigilo total
Aliados de Alberto Dualib estão descontentes. Dizem que o presidente corintiano prometera reunião quando chegasse da Europa para contar o que ocorrera na viagem. Tudo o que ficaram sabendo foi de maneira esparsa, pela boca de terceiros.

Casa limpa
A FBA, entidade que gere a Série B, alterou seus estatutos para que a posse da direção que será eleita no dia 7 acabe antecipada -hoje é regida interinamente. A cerimônia estava prevista para 1º de janeiro, mas acontecerá no mês que vem, pois a meta é ""arrumar a casa" para dar segurança a possíveis patrocinadores.

Último detalhe
Dirigentes da FBA planejam estar com uma chapa única definida até o início desta semana.

Sonho meu
Apesar de o Flamengo oscilar entre as últimas colocações na classificação, o presidente Márcio Braga entende que, com o time atual, já tem uma base para fazer a equipe de 2006. Confiante, afirmou que não teme a queda no Brasileiro. Cogita até que o time se classifique à Copa Sul-Americana ou à Libertadores.

E-mail: painelfc.folha@uol.com.br

DIVIDIDA

De Saulo de Castro Abreu, secretário da Segurança de SP, ao ironizar a idéia do promotor Fernando Capez de proibir as torcidas dos visitantes de vestir uniforme, ao lembrar um termo cunhado pelo ex-presidente Fernando Collor de Mello:
- Essa coisa de descamisados já criou muita polêmica.

CONTRA-ATAQUE

Uma malandragem à francesa

No Brasil, era comum cartolas mandarem colocar produtos de odor forte no vestiário do adversário. Os dirigentes do Olympique de Marselha repetiram a tática antes do clássico contra o Paris Saint-Germain.
Depois de entrar no vestiário do estádio de Marselha, o técnico Laurent Fournier, do PSG, saiu em poucos segundos. "Não entrem aí que não dá para respirar", disse aos seus jogadores.
Os atletas do time parisiense tiveram de esperar por meia hora no corredor por um novo espaço para se trocarem, em meio à espessa fumaça.
Levado para uma sala apertada, o PSG, que perdeu o jogo, protestou à federação francesa: disse que havia amônia no primeiro vestiário. Em sua defesa, o Olympique alegou que uma nova empresa de limpeza tinha exagerado no desinfetante.


Próximo Texto: Brasileiro eleva e afunda os campeões de torcida
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.