São Paulo, domingo, 23 de outubro de 2005

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GINÁSTICA

Brasileira assegura seqüência do país em pódios do torneio, que não é interrompida desde novembro de 2003

Daiane conquista seu 8º ouro em Copas

CRISTIANO CIPRIANO POMBO
DA REPORTAGEM LOCAL

Daiane dos Santos conquistou ontem seu oitavo ouro em Copas do Mundo ao vencer com folga a etapa em Stuttgart (Alemanha).
Quinta atleta a se apresentar no tablado do ginásio Schleyer, a ginasta gaúcha levantou o público e obteve 9,450 com o "Brasileirinho", 0,063 ponto a mais do que na fase de classificação.
Imbatível há dez meses, desde quando venceu a finalíssima em Birmingham (Inglaterra), Daiane, 22, contabiliza agora vitórias seguidas em três etapas da Copa (São Paulo, Paris e Stuttgart), no Brasileiro e na Universíade.
Além de se firmar como favorita para defender o título no Mundial de Melbourne (Austrália), que ocorre de 21 a 28 de novembro, Daiane assegurou com gabarito a seqüência de pódios do país que vem sendo construída há um ano e dez meses na Copa. Desde novembro de 2003, quando Daiane faturou seu primeiro ouro na Copa, as brasileiras não sabem o que é ir ao torneio e voltar de mãos abanando. Já são 29 pódios, com cinco atletas: Daiane, Laís Souza, Daniele Hypólito, Camila Comin e Merly de Jesus.
Apesar da vantagem sobre as rivais -a francesa Katheleen Lindor (9,137) ficou em segundo, e a britânica Imogens Cairns (9,062), em terceiro-, a nota obtida ontem ficou bem abaixo da que registrou em 2003, em Cottbus (ALE): 9,762. Na ocasião, mesclou os movimentos que a consagraram, o duplo twist carpado e o esticado -hoje, para poupar os joelhos, ela executa só o primeiro.
A outra brasileira na final, Laís, ficou em quarto, com nota 8,900.
A vitória também rendeu a Daiane, que ainda ontem ocupou a sétima colocação na final das paralelas (9,337), 50 pontos no ranking mundial do solo, ampliando sua vantagem sobre a campeã olímpica Catalina Ponor, que hoje é de 19,6 pontos.
Além do triunfo -foi seu 12º pódio em Copas, o sexto em território alemão-, Daiane embolsou (euro) 1.100 (cerca R$ 3.120) em premiações. Agora, depois de descartar o uso de "País Tropical" neste ano, tentará afiar ainda mais o "Brasileirinho" para o Mundial. "O objetivo é treinar, treinar e treinar. E tentar fazer tudo igual na competição."


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