|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Em "minidecisão", São Paulo empata com Grêmio no Sul
Em jogo eletrizante, placar é festejado pelo líder, que saiu na frente e acertou duas vezes a trave antes de sofrer o gol
Grêmio 1
São Paulo 1
TONI ASSIS
ENVIADO ESPECIAL A PORTO ALEGRE
LEO GERCHMANN
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE
Um jogo de sair faísca e de
muita peleia. O comentário
corrente na capital gaúcha ontem se transferiu para o estádio
Olímpico. E quem se deu bem
foi o São Paulo, que conquistou
um empate com a dimensão de
uma vitória ao segurar o 1 a 1
contra o Grêmio no Sul.
O time, que chegou aos 60
pontos, viu a sua vantagem em
relação ao novo segundo colocado, agora o Internacional,
que soma 53, cair em um ponto.
Mas esfriou o fantasma do
Grêmio, que, se triunfasse ontem, encurtaria o caminho em
cinco pontos na classificação.
De quebra, o fato de não perder um dos jogos-chave -o outro é o Santos- premiou a estratégia de Muricy Ramalho,
que preparou seus atletas para
um eventual tropeço no Sul.
"Jogar no campo do Grêmio
não é fácil para ninguém. Foi
um clássico muito bem disputado, e o resultado foi justo",
afirmou o treinador.
Na próxima rodada, o São
Paulo volta a jogar fora de casa.
Pega o Figueirense em Santa
Catarina. O Grêmio também
sai de seus domínios e encara o
Fluminense, no Rio.
No jogo de ontem, o Grêmio
tinha como arma principal a
pressão de seu estádio para intimidar o rival. Mas, com menos de um minuto de bola rolando, Danilo jogou essa estratégia por água abaixo. Ele aproveitou passe de Aloísio, antecipou-se a Alessandro e fez 1 a 0,
quando a torcida fazia festa
com o nome de seus atletas.
A vantagem era tudo o que
Muricy queria. Fez os gaúchos
se adiantarem e passou a jogar
no espaço dado pelo adversário. Com menos de dez minutos, carimbou a trave do goleiro
Gallato com Souza e esfriou a
reação gremista.
Bem posicionado no meio, o
São Paulo só tinha uma deficiência: o espaço deixado entre
André Dias e Fabão.
Rogério só era ameaçado em
chutes da entrada da área. Mesmo assim, a falta de pontaria
dos gaúchos acabou facilitando
o seu trabalho. Dos 18 chutes,
somente 6 foram no alvo.
Já o São Paulo foi mais preciso nesse fundamento. De seus 4
arremates, 2 foram defendidos
por Gallato e os demais pararam na trave.
Na base da empolgação, o
Grêmio foi subindo. Só que as
jogadas se limitavam aos chuveirinhos e chutes longos para
os atacantes. Sem penetração, o
o time da casa goleou mesmo só
nos escanteios: sete no total,
sem ceder nenhum.
No São Paulo, o espírito de
luta falou mais alto. Foram 27
faltas contra 18 dos gaúchos. Já
Rogério fez a diferença no fim
do primeiro tempo, ao defender, à queima-roupa, um desvio
do atacante Rômulo.
No segundo tempo, o Grêmio
voltou disposto a fazer o que ficou devendo na etapa inicial:
jogar na área do adversário. E,
aos 4min, num chute cruzado,
Hugo deixou tudo igual.
A pressão, de fato, nasceu
nesse momento. A torcida passou a gritar o tempo todo e o jogo ficou à mercê do mandante.
Só que o Grêmio sentiu o peso
de não ter cinco titulares e não
conseguiu virar a partida.
Muricy sacou Leandro, colocou Lenílson e assumiu o 3-5-2,
deslocando Souza para a ala. O
posicionamento equilibrou a
partida e minou a empolgação
gremista em busca do gol da virada no Olímpico.
No último minuto, no desespero, um lance calou o estádio.
Hugo recebeu na entrada da
área e chutou no ângulo errando o gol por pouco. Essa bola
selou o empate e manteve o São
Paulo como favorito ao título.
Texto Anterior: Em GP histórico, Massa vence e pensa em Senna Próximo Texto: Relâmpago: Gol de Danilo é o mais rápido Índice
|