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"Comigo lá, ele nunca quebrou", diz Barrichello
EDGARD ALVES
DA REPORTAGEM LOCAL
Rubens Barrichello, 34, que
terminou em sétimo seu 14º GP
Brasil, disse estar satisfeito
com sua performance e achou
"legal" a vitória de Felipe Massa. "Fica aquele gostinho. Tentei várias vezes e não consegui."
Destacou ainda que Massa
aproveitou as condições. "Ele
contou com um grande carro".
Piloto da Ferrari de 2000 a
2005 -foi pole em Interlagos
duas vezes-, não conteve o lamento. "O Schumacher nunca
quebrou quando eu estava lá".
E emendou: "Quando estava
na Ferrari, eles ganhavam o
campeonato dos construtores".
Este ano, a equipe ficou em segundo, batida pela Renault.
Barrichello terminou em sétimo lugar na temporada, com
30 pontos. Para ele, um resultado positivo nesse primeiro ano
com a Honda. "Não estou parado como muita gente pensa.
Não tenho a intenção de parar.
Este ano, só não mudei a cor do
meu carro", disse ele, para mostrar que colaborou muito com o
desenvolvimento da Honda.
Afirmou ainda que usou a experiência de 14 temporadas na
F-1 para a evolução da equipe,
que seu carro melhorou, mas
não o suficiente para resultados expressivos. "Essa minha
permanência na equipe vai ajudar na evolução", declarou.
Neste ano, o brasileiro ressalta que houve empenho, mas fora da pista. "Trabalhei em vários eventos. Isso tira o foco."
O inglês Jenson Button, 26,
companheiro de Barrichello na
Honda, ratificou a avaliação de
que Barrichello ajudou o time.
Button, que ontem ficou em
terceiro, também chegou na
frente do brasileiro no Mundial
(sexto lugar, com 56 pontos,
quase o dobro de Barrichello).
Ontem, antes da largada,
Barrichello se dizia contente
com a quinta posição no grid,
que o punha como "franco-atirador". Na partida, manteve o
posto. Caiu para sétimo após o
safety car entrar na pista logo
no início da prova. Chegou a
descer para nono, mas reagiu.
À rádio Bandeirantes, contou
que Michael Schumacher ligou
para para explicar que não havia entendido a questão feita
pelo programa "Pânico" durante a semana. O personagem
Vesgo perguntou o que ele sentiria se acordasse e se visse como Barrichello. Schumacher
levou as mãos aos olhos, como
que para despertar, arrancando
gargalhadas do público.
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