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Corinthians vence e ameniza o sufoco
Equipe insiste na sina de perder chances claras, mas ao menos põe uma bola nas redes e foge da zona do rebaixamento
Corinthians 1
Cruzeiro 0
PAULO GALDIERI
DA REPORTAGEM LOCAL
O Corinthians se reconciliou
com a vitória, apesar de ter brigado com o gol. Numa noite em
que o time foi pródigo em jogar
fora chances de deixar o placar
mais elástico, o solitário tento
anotado no Pacaembu foi o que
bastou para aliviar um pouco a
situação do time no Brasileiro.
O triunfo sobre o Cruzeiro,
depois de mais uma semana
conturbada da caminhada corintiana, alivia um pouco a situação do time na classificação.
A equipe aproveitou a chance
dada pela Ponte Preta, que anteontem perdeu em casa, e deixou a zona do rebaixamento.
Os 35 pontos que agora acumula no Nacional são suficientes para o time ficar no 15º lugar -para isso, o Corinthians
também foi beneficiado pelo
empate do Fluminense (1 a 1)
com o Juventude.
A vitória de ontem também
tempera um pouco mais o clássico contra o Palmeiras, próximo compromisso do time no
Brasileiro, na quarta-feira.
Com um novo triunfo, o Corinthians ultrapassa o arqui-rival na tabela de classificação.
Foi um jogo angustiante para
os corintianos. Menos pelo poder de ameaça do Cruzeiro do
que pela própria ineficiência.
O Corinthians abusou da
chance de perder gols. Amoroso, Ramon, Rosinei e Renato tiveram grandes de marcar, mas
erraram muito -dos 18 arremates a gol, 10 ( ou 55,6% ) foram para fora. Alguns, de maneira inacreditável, como no
lance em que Amoroso, praticamente colado à trave, tocou a
bola pela linha de fundo.
Bem que Emerson Leão tentou prevenir essa enxurrada de
erros que, à medida em que os
chutes iam para fora, irritavam
a torcida. O técnico mexera justamente no setor ofensivo, ao
deixar Rafael Moura no banco e
apostar em Ramon.
Rafael Moura que, mesmo na
reserva, deu sua contribuição
-involuntária, claro- para que
a angústia aumentasse nas arquibancadas do Pacaembu. Foi
quando Amoroso caiu em campo, acusando dores na perna.
Ao ver o camisa 10 saindo de
maca, Leão mandou Rafael
Moura se aquecer. O simples
fato de ver o atacante à beira do
gramado motivou a torcida a
gritar para que o técnico não fizesse aquela "bobagem".
Amoroso, no entanto, não teve que sair, apesar de ficar o
resto da etapa inicial mancando após dar piques atrás da bola. A tão temida substituição só
ocorreu no segundo tempo.
Mas a presença de Amoroso
foi fundamental para que a angústia corintiana -com a qual
ele contribuíra perdendo um
gol sem goleiro, embaixo do
travessão- fosse afastada.
Aos 32min, ele cruzou a bola
na área do Cruzeiro para que
Renato se jogasse e, com o pé
direito, desse um leve toque para mandá-la para dentro do gol.
Os 16 minutos finais do primeiro tempo ainda foram suficientes para que o Corinthians
perdesse mais uma chance de
ampliar o placar, com Rosinei
cabeceando a bola para fora.
O desperdício da primeira
etapa, no entanto, não desagradou ao treinador corintiano.
"Quando as oportunidades
aparecessem, teríamos que definir. Tivemos quatro e fizemos
uma. Espero repetir isso no segundo tempo."
E foi o que o Corinthians fez.
Pelo menos em parte. O ataque
corintiano continuou a perder
gols, sobretudo com Rafael
Moura e Gustavo Nery.
Menos mal para o Corinthians que o Cruzeiro também
manteve o desempenho do primeiro tempo, sem levar perigo.
O triunfo foi tão providencial
que ganhou comemoração especial dos atletas. Como foi?
Igual a de um título, com direito a abraços e saudação à torcida, pertinho do alambrado.
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