São Paulo, sábado, 23 de outubro de 2010

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Polícia faz cadastro de cambista

SEGURANÇA
Sem poder prender, agentes fotografam detidos

RODRIGO MATTOS
DE SÃO PAULO

A polícia civil de SP iniciou um cadastro de cambistas detidos desde a implantação da reforma do Estatuto do Torcedor, que tornou crime a revenda de ingressos. Mas a maioria deles não fica presa.
Explica-se: o crime só é caracterizado se o cambista for pego no ato da venda ao torcedor. Esse flagrante é raro.
Segundo o investigador do Grade (Grupo de Repressão e Análise dos Delitos de Intolerância Esportiva) Kléber Venâncio, foram apenas "três ou quatro" flagrantes. Mas há número bem maior de detidos com muitos bilhetes.
"Identificamos, tiramos foto e fazemos cadastro. Passa a ter um passagem por câmbio, com boletim de ocorrência. E instauramos inquérito", contou Venâncio.
São cem cambistas que já estão no registro do Grade.
Outra prática instituída pela nova lei que ainda gera controvérsia na aplicação é a responsabilização civil de organizadas por qualquer ato de um dos seus integrantes.
"Há um processo civil contra Estopim e Camisa 12 [ambas do Corinthians] por briga entre eles", ressaltou o major da PM, Leandro Pavani.
Mas, em reunião de segurança, o próprio Pavani deu bronca na Gaviões por protesto após jogo contra o Atlético-GO, mas admitiu que só fará "restrições" à torcida caso o episódio se repita.


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