São Paulo, domingo, 23 de outubro de 2011

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Palmeiras cai, e torcida se enfurece

SÉRIE A Com revés no Canindé, equipe é a terceira pior do returno

Palmeiras 1
Ricardo Bueno, aos 47min do 2º tempo
Figueirense 2
Wellington Nem, aos 10min do 1º tempo, e Júlio César, aos 30min do 2º tempo

LEONARDO LOURENÇO
DE SÃO PAULO

Enquanto o sol ainda iluminava o Canindé, ontem, alguns urubus sobrevoavam as arquibancadas praticamente vazias do estádio.
Prenúncio de mais uma jornada sombria do Palmeiras.
Com um futebol pobre, sem criatividade, o time alviverde foi dominado pelo Figueirense diante de sua torcida e perdeu a segunda partida consecutiva em casa.
Os 2 a 1 mantiveram a equipe com 41 pontos na classificação, ainda na 13ª posição.
Mas a apresentação desastrosa, se não fez diferença na tabela, serviu para a torcida intensificar sua insatisfação.
O Palmeiras tem a terceira pior campanha no segundo turno do torneio: com uma única vitória, são nove pontos, melhor apenas que Ceará (sete) e Cruzeiro (quatro).
Os números medíocres, somados à crise protagonizada pelo atacante Kleber, afastado do elenco há duas semanas, transformaram o Canindé em palco de protestos.
Começaram no intervalo. Àquele momento, Wellington Nem já tinha feito 1 a 0, ao driblar Henrique dentro da área, aos 10min, e chutar sem chance de defesa para Deola.
Com o placar desfavorável, torcedores se viraram para as tribunas onde diretores do Palmeiras assistiam à partida e xingaram os cartolas.
O time, então, voltou pressionando na etapa final. O Figueirense dava espaço, esperava o Palmeiras em seu campo, aguardando a oportunidade de contra-atacar. E ela veio, aos 30min. Wellington Nem cruzou, e Júlio César fez o segundo gol da partida.
Imediatamente, a trégua que existia entre a torcida e a equipe enquanto a bola rolava foi quebrada.
Primeiro, os tradicionais gritos de "time sem vergonha" ecoaram no estádio.
Do setor onde estava a maior organizada do Palmeiras, torcedores achincalhavam individualmente cada atleta. Os alvos eram Chico, Tinga e Maurício Ramos.
Aos 47min, sob intensas vaias, Ricardo Bueno marcou o tento de honra palmeirense. Muito pouco para acalmar a torcida, pequena (3.897 pagantes), porém furiosa.
"O torcedor está mais inconformado do que jamais esteve", comentou Scolari após o jogo. "Sou sabedor disso."



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