São Paulo, sexta-feira, 23 de novembro de 2007

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"Parecia jogo fora de casa, na Colômbia"

DA REPORTAGEM LOCAL

Primeiro, indiferença. Depois, reclamação. Foi assim que Dunga reagiu às vaias e às críticas da torcida paulista à apresentação da seleção brasileira no Morumbi.
Depois de declarar que os apupos do público em São Paulo são normais e que sempre acontecem -chegou a dizer que "até Parreira e Telê foram vaiados"-, o técnico do Brasil se queixou, minutos depois, da falta de receptividade dos torcedores.
"Me pareceu que estávamos jogando fora de casa, na Colômbia", disse Dunga, que cobrou apoio incondicional.
"Eu posso até não concordar com quem está ali [jogando], mas é o meu país. É a seleção que está em jogo. Na Argentina, quando eles tomam um gol, aí é que a torcida torce mais ainda."
O treinador admitiu a má atuação do time nacional, sobretudo no primeiro tempo. Mas, segundo ele, as vaias vindas das arquibancadas contribuíram para isso. "Houve jogadores que a atmosfera em si não colaborou para eles jogarem."
Pouco antes, Dunga havia dito que a torcida já está conseguindo ver um "time trabalhador", que demonstra vontade quando fica devendo qualidade técnica.
Dunga usou como exemplo a situação de Ronaldinho. O meia do Barcelona foi substituído sob vaias e gritos de "pipoqueiro". Para o treinador, o camisa 10 precisa de paz para jogar bem.
"O cara é um ser humano. Ele tem que ter um relaxamento. Tem que poder sair na rua, tomar um café. A gente tem que deixar ele feliz. Tem que deixar ele viver um pouquinho mais", afirmou Dunga. "A corda estava muito apertada em cima dele."
O treinador aproveitou para elogiar a si mesmo por ter sacado Ronaldinho e colocado o volante Josué.
"Aposto que 90% criticaram, não concordaram. Mas não está escrito em lugar nenhum que para ser mais ofensivo é preciso colocar mais atacante em campo", concluiu Dunga.0 (PGA)


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