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"Parecia jogo fora de casa, na Colômbia"
DA REPORTAGEM LOCAL
Primeiro, indiferença. Depois, reclamação. Foi assim
que Dunga reagiu às vaias e
às críticas da torcida paulista
à apresentação da seleção
brasileira no Morumbi.
Depois de declarar que os
apupos do público em São
Paulo são normais e que
sempre acontecem -chegou
a dizer que "até Parreira e
Telê foram vaiados"-, o técnico do Brasil se queixou, minutos depois, da falta de receptividade dos torcedores.
"Me pareceu que estávamos jogando fora de casa, na
Colômbia", disse Dunga, que
cobrou apoio incondicional.
"Eu posso até não concordar com quem está ali [jogando], mas é o meu país. É a
seleção que está em jogo. Na
Argentina, quando eles tomam um gol, aí é que a torcida torce mais ainda."
O treinador admitiu a má
atuação do time nacional, sobretudo no primeiro tempo.
Mas, segundo ele, as vaias
vindas das arquibancadas
contribuíram para isso.
"Houve jogadores que a atmosfera em si não colaborou
para eles jogarem."
Pouco antes, Dunga havia
dito que a torcida já está conseguindo ver um "time trabalhador", que demonstra
vontade quando fica devendo qualidade técnica.
Dunga usou como exemplo a situação de Ronaldinho. O meia do Barcelona foi
substituído sob vaias e gritos
de "pipoqueiro". Para o treinador, o camisa 10 precisa de
paz para jogar bem.
"O cara é um ser humano.
Ele tem que ter um relaxamento. Tem que poder sair
na rua, tomar um café. A gente tem que deixar ele feliz.
Tem que deixar ele viver um
pouquinho mais", afirmou
Dunga. "A corda estava muito apertada em cima dele."
O treinador aproveitou para elogiar a si mesmo por ter
sacado Ronaldinho e colocado o volante Josué.
"Aposto que 90% criticaram, não concordaram. Mas
não está escrito em lugar nenhum que para ser mais
ofensivo é preciso colocar
mais atacante em campo",
concluiu Dunga.0
(PGA)
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