São Paulo, domingo, 23 de novembro de 2008

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Título e queda marcam ídolos em São Januário

Rogério busca conquista do tri genuíno, e Edmundo quer tirar equipe da degola

Goleiro são-paulino tenta manter time na liderança isolada, enquanto atacante já fala em tom de fim de carreira após o Brasileiro

DA REPORTAGEM LOCAL

Um confronto entre Rogério e Edmundo por si só polariza a atenção de qualquer jogo entre São Paulo e Vasco.
E hoje, às 17h, no palco de São Januário, é natural que a responsabilidade em cima dos dois aumente quando o que está em jogo é a manutenção da liderança, para os paulistas, e a tentativa de fugir do rebaixamento, caso dos cariocas.
O goleiro Rogério e o atacante Edmundo são velhos conhecidos, que, à sua maneira, emolduraram suas carreiras em torno dos dois clubes que hoje se vêem no alçapão vascaíno.
Maior ídolo de uma equipe que busca, neste Brasileiro, o primeiro tricampeonato genuíno, Rogério não conhece outra camisa que não a do Morumbi. Maior símbolo de uma série de conquistas do clube desde 2005 -Libertadores, Mundial e dois Brasileiros-, o camisa 1 é a referência da torcida não só para defender mas também para decidir o jogo na bola parada.
Quando questionado de Vasco, Edmundo ou reta final de campeonato, Rogério prefere o silêncio. Só admite, e mesmo assim de forma lacônica, a dificuldade em jogar fora de casa. "É difícil jogar em São Januário, como é difícil para os outros vencerem quando jogam no Morumbi", comentou.
No Vasco, o ídolo maior Edmundo entra em campo em ritmo de despedida. Ele vem afirmando nos últimos dias que que não jogará mais no país.
À espera de oferta de fora, o jogador pode aproveitar a partida para encerrar em vantagem os duelos contra o rival de hoje disputados pelo Brasileiro -no Paulista, ainda defendeu o Corinthians num histórico 5 a 0 em 1996, em que fez dois gols.
Num total de 16 jogos, por seis times diferentes, Edmundo registrou cinco vitórias, seis empates e cinco derrotas. E anotou sete gols.
Pelo Vasco, foram sete confrontos diante do São Paulo, com três vitórias, dois empates e duas derrotas. Já a serviço do Palmeiras, em cinco jogos, Edmundo obteve uma vitória, três empates e um revés.
No Fluminense, Edmundo ganhou um e perdeu outro. Pelo Santos, ele conseguiu um empate e acabou derrotado com a camisa do Figueirense.
Dono de um temperamento controverso, ele chega ao final de sua carreira tentando dar sua última contribuição: impedir o rebaixamento no torneio.
"Na últimas rodadas, só penso em tirar o time do rebaixamento", disse Edmundo.
No caso de título, Rogério seria um dos atletas do atual elenco a obter o tri pelo mesmo clube. Edmundo, 153 gols, toma de Romário o posto de segundo maior artilheiro da história do torneio se anotar mais três vezes. (TONI ASSIS E RODRIGO BUENO)

Colaborou Flávio Pessoa, da Sucursal do Rio


NA TV - Vasco x São Paulo
Globo (para SP) e Band (menos RJ), às 17h




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