São Paulo, domingo, 23 de novembro de 2008

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Crise já afeta mercado de eventos corporativos, afirmam empresas

DA REPORTAGEM LOCAL

O final de ano costuma ser a época de maior demanda por eventos corporativos. Seria uma boa oportunidade para atletas engordarem suas contas bancárias, mas agências que organizam palestras motivacionais estão pessimistas: a crise financeira internacional já abala o mercado de eventos.
Gizelle Rosa, da Parlante, diz que 80% das palestras que organiza hoje são com especialistas em economia. "Já os eventos com esportistas vêm diminuindo desde o fim da Olimpíada de Pequim", afirma.
Segundo Melissa Andreu, da Galeria de Esportes, a procura por palestras com atletas caiu 70% desde setembro. "A crise nas Bolsas e a eleição nos Estados Unidos geraram um clima de incerteza. Se a situação econômica não melhorar, as empresas podem fechar seus cofres para eventos", diz.
Por outro lado, Andreu vê saídas para o setor: "O que as companhias querem é acalmar seus funcionários. E atletas podem ensiná-los a enfrentar situações difíceis, de superação".
Conferencistas também já pensam em alternativas. O iatista Lars Grael, que faz em média quatro palestras mensais, prevê que a crise afetará sua agenda no ano que vem.
Por isso, o velejador pretende investir em temas que interessem às empresas. "Conferências sobre volta por cima, necessidade de aceitar mudanças, novas oportunidades e realinhamento de metas podem incentivar as empresas a lutarem contra a crise", diz Grael.
Para driblar prejuízos, Renato Chvindelman, da Arena, afirma que investirá em palestrantes de outras áreas. "É hipocrisia dizer que a crise financeira mundial não afetará o mercado de palestras. Temos que buscar opções." (CA)



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