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Crise já afeta mercado de eventos corporativos, afirmam empresas
DA REPORTAGEM LOCAL
O final de ano costuma ser a
época de maior demanda por
eventos corporativos. Seria
uma boa oportunidade para
atletas engordarem suas contas
bancárias, mas agências que organizam palestras motivacionais estão pessimistas: a crise
financeira internacional já abala o mercado de eventos.
Gizelle Rosa, da Parlante, diz
que 80% das palestras que organiza hoje são com especialistas em economia. "Já os eventos com esportistas vêm diminuindo desde o fim da Olimpíada de Pequim", afirma.
Segundo Melissa Andreu, da
Galeria de Esportes, a procura
por palestras com atletas caiu
70% desde setembro. "A crise
nas Bolsas e a eleição nos Estados Unidos geraram um clima
de incerteza. Se a situação econômica não melhorar, as empresas podem fechar seus cofres para eventos", diz.
Por outro lado, Andreu vê
saídas para o setor: "O que as
companhias querem é acalmar
seus funcionários. E atletas podem ensiná-los a enfrentar situações difíceis, de superação".
Conferencistas também já
pensam em alternativas. O iatista Lars Grael, que faz em média quatro palestras mensais,
prevê que a crise afetará sua
agenda no ano que vem.
Por isso, o velejador pretende investir em temas que interessem às empresas. "Conferências sobre volta por cima,
necessidade de aceitar mudanças, novas oportunidades e realinhamento de metas podem
incentivar as empresas a lutarem contra a crise", diz Grael.
Para driblar prejuízos, Renato Chvindelman, da Arena, afirma que investirá em palestrantes de outras áreas. "É hipocrisia dizer que a crise financeira
mundial não afetará o mercado
de palestras. Temos que buscar
opções."
(CA)
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