São Paulo, segunda-feira, 23 de novembro de 2009

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Festejos no Maracanã só duram até jogo começar

Maior público do ano no país assiste ao Flamengo parar na marcação do Goiás

Principais armas travam, e time do Rio perde a chance de assumir a liderança do Brasileiro após comemorar tropeço do rival São Paulo

DA SUCURSAL DO RIO

A festa rubro-negra teve fim com o início do jogo do Flamengo. Embalado pela derrota do São Paulo, o time não fez sua parte para assumir a liderança ao amargar empate com o Goiás em 0 a 0 no Maracanã. Ainda assim, viu cair para um ponto a distância para o líder.
Ontem, as principais armas da equipe do técnico Andrade se mostraram ineficientes ou quase nulas diante da marcação imposta pelos atletas do Goiás.
A maior delas, o meia sérvio Petkovic, não foi ontem tão decisivo quanto nos últimos duelos. Tanto que, das seis finalizações que tentou na partida, acertou apenas uma vez a direção do gol, mas viu Harlei manter sua meta invicta.
Mas não foi só Petkovic. Adriano, artilheiro do campeonato com 19 gols, também não foi páreo para a defesa rival. Tanto que só teve três finalizações durante o jogo, talvez fruto do fato de ter que voltar para buscar a bola ou preparar as jogadas para os companheiros.
Se a parte ofensiva ficou aquém do esperado, o setor defensivo também deixou a desejar. Sem o volante Maldonado, que se contundiu em amistoso do Chile e não joga mais no Brasileiro, a retaguarda do Flamengo foi alvo até fácil das investidas do Goiás, especialmente no primeiro tempo.
Retrato disso foi que os 83.489 torcedores presentes ao Maracanã, que registrou renda de R$ 1.479.907, viram o goleiro Bruno trabalhar quase na mesma intensidade de Harlei.
Enquanto o goleiro flamenguista fez seis defesas, o arqueiro do Goiás terminou com oito, de acordo com o Datafolha.
"A equipe teve, no segundo tempo, grandes oportunidades, mas o goleiro foi muito bem", declarou Léo Moura.
O lateral, aliás, foi uma das alternativas do time carioca perante o fato de os lançamentos de Petkovic não encontrarem o atacante Adriano.
O Flamengo só deu mostras de que poderia chegar à liderança quando o técnico Andrade, no segundo tempo, recuou o volante Aírton para a zaga, a fim de liberar os laterais.
Mas nem mesmo as entradas dos meias Fierro e Kleberson foram capaz de furar a defesa. As bolas que foram para o gol, como uma de Ronaldo Angelim, foram salvas por Harlei.
Ao fim, a frustração da torcida aumentava, assim como o desespero que passou a tomar conta dos jogadores em campo e no banco de reservas. Sinais disso foram vistos quando o goleiro Bruno foi por duas vezes ao ataque tentar uma cabeçada em escanteios, e Petkovic, já substituído, gritava orientações aos colegas, concorrendo com o treinador Andrade.
Como alento, os torcedores flamenguistas conseguiram marcar o maior público do ano no futebol brasileiro. Antes do jogo, exibiram um mosaico em vermelho e preto que cobriu todo o estádio e dizia: "A maior torcida do mundo faz a diferença". Mas o time não fez.

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