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Superliga muda fórmula de novo
Para atender a TV e clubes, torneio de vôlei altera a fórmula de disputa para tentar ser mais atrativo
Em época de crise com os patrocinadores, nacional não terá mais os polêmicos quatro torneios com finais e volta a ser em dois turnos
JOSÉ EDUARDO MARTINS
DA REPORTAGEM LOCAL
A Superliga de vôlei vai mudar de formato outra vez. Para
atender aos interesses da televisão e dos clubes, a CBV (Confederação Brasileira de Vôlei)
resolveu acabar com o sistema
de quatro turnos com finais.
O campeonato nacional voltará a ser disputado em turno e
returno simples, com todas as
equipes se enfrentando.
Os oito mais bem colocados
garantem vaga para os playoffs
das quartas de final, que, assim
como as semifinais, serão em
melhor de três jogos.
Já a final será em partida única, que deve ser realizada no
início de abril de 2010. Mais
uma vez as decisões do masculino e do feminino devem ser os
únicos jogos transmitidos por
televisão aberta, a Rede Globo.
"Acho péssimo. É um desrespeito com as torcidas [manter a
final em jogo único]", afirmou o
presidente do Minas Tênis,
Sérgio Bruno Zech Coelho.
Ao contrário dos últimos
anos, em que as finais foram
realizadas no Rio de Janeiro,
existe a possibilidade das decisões serem em outra cidade.
A tabela está sob aprovação
da emissora de televisão e da
CBV e pode ser alterada.
A polêmica fórmula com
quatro finais de turnos fora
adotada havia duas edições. O
sistema gerou muitas críticas.
A ideia de se criar as decisões
em cada fase surgiu com a intenção de aumentar o interesse
do público e o número de transmissões da televisão.
"A fórmula foi usada por causa da televisão, e muitas pessoas não a entendiam. O sistema de agora é o de que sempre
gostei", avaliou o técnico do
Osasco, Luizomar de Moura.
"O único problema é a final em
jogo único", disse Mauro Grasso, treinador do São Caetano.
A previsão de início do campeonato, tanto no masculino
quanto no feminino, é para o
dia 10 de dezembro.
Ainda sem encontrar uma
fórmula de conquistar o público, a confederação busca novos
patrocinadores para o torneio.
Na última semana, a entidade perdeu um dos seus principais apoiadores. A CVC, empresa responsável por custear as
viagens das equipes, anunciou a
sua saída da competição.
A notícia assustou os dirigentes das equipes, que, em alguns
casos, até repensam a participação no campeonato.
"Foi uma surpresa e tornou a
situação muito difícil. Agora, é
esperar para ver se a CBV encontra uma alternativa para a
gente", afirmou Coelho.
"No nosso caso, não precisamos deste auxilio, mas é complicado dar essa notícia agora,
depois que os clubes fizeram as
suas inscrições", disse Grasso.
O gerente de competições
nacionais da confederação brasileira, Renato D'Ávila, foi procurado pela reportagem da Folha, mas não telefonou de volta.
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