Camisa inflada

O valor do patrocínio da Fiat com o Palmeiras, anunciado na última quinta-feira, está superestimado. Fala-se que o total que a montadora italiana investirá por ano no clube não chegará nem perto dos R$ 19 milhões pretendidos pelo clube. Principalmente no que se refere ao investimento de R$ 7 milhões em projetos sociais e nas categorias de base. Opositores falam em, no máximo, R$ 8,5 milhões, que poderiam chegar a R$ 10 milhões dependendo das premiações por eventuais títulos.

Degrau acima. Para se ter uma comparação, a Pirelli, patrocinadora palmeirense até o final deste ano, depositava cerca de R$ 7 milhões por ano nos cofres do clube.

Contra-ataque. Adriane Galisteu apareceu exatamente às 10h40 de quinta-feira vestindo a nova camisa do Palmeiras. Às 11h07, a loja que comercializa produtos do São Paulo disparou o e-mail, com foto posada, convidando para evento promocional com Karina Bacchi, garota-propaganda da venda de pedaços das redes do Morumbi.

Patinhas. Emerson Leão tem espalhado que recusou fortunas para assumir o Santos. Da seleção do Irã, a proposta para levar o time à Copa de 2010 chegava a US$ 6,5 milhões. Outra, de um clube dos Emirados Árabes Unidos, atingiria US$ 3,5 milhões por um ano e meio de contrato.

Céu ou inferno. Para dispensar os milhões do Oriente Médio, Leão justificou estar cansado demais para se aventurar. Preferiu a Vila Belmiro por cerca de R$ 350 mil mensais e também para não sair dos holofotes. Oposicionistas do clube, no entanto, dizem que ele será cobrado, apesar de não precisar mais de dinheiro.

Colaboração. O meia Ricardinho, ouvido anteontem pela Polícia Federal em inquérito sobre o recebimento de salários no exterior na época em que atuou no Corinthians/MSI, mostrou extratos bancários e comprovantes de pagamentos de impostos.

Mãos vazias. Além de Ricardinho, que disse ter ido à PF por iniciativa própria, o meia Carlos Alberto, também investigado, depôs, mas sem apresentar documentos.

Análise. O delegado Protógenes Queiroz, da PF, agora irá analisar os papéis de Ricardinho para saber se o meia será indiciado. Já Carlos Alberto encontra-se em situação mais delicada.

Rasteira. Atletas do taekwondo, cujos salários não foram pagos pela confederação da modalidade e estão atrasados em até cinco meses, esperam receber até amanhã.

Prazo forçado. Caso os depósitos não sejam feitos, alguns ameaçam ir à Justiça. Outros, porém, irão esperar a definição da convocação, em janeiro, para a seletiva da seleção que treinará até a Olimpíada. Temem ser excluídos.