Com um saque poderoso e juvenis inspirados, Minas derrota o Florianópolis e cria equilíbrio na Superliga

CIDA SANTOS
DA REPORTAGEM LOCAL

O MINAS conseguiu a maior façanha da Superliga: venceu o Florianópolis, até então o único invicto com 12 vitórias, e foi o campeão do segundo turno. A fórmula? Um saque poderoso, um levantador inspirado e um sistema defensivo eficiente, que rendeu muitos pontos de contra-ataques.
O mais animador nessa história é que tanto Minas como Florianópolis estão abrindo espaço para a nova geração. Na decisão do segundo turno, um dos destaques do Minas foi o ponteiro Maurício, com um aproveitamento impressionante: das 26 bolas que bateu, colocou 19 no chão. Um detalhe: o Maurício tem 19 anos, 1,98 m e é da seleção juvenil.
Acompanhe essa outra história: o central André Heller, com virose, não podia jogar. A vaga ficou com Tiago, 20 anos e 2,09 m. E ele fez bonito: marcou 15 pontos, quatro de bloqueio. Com seu tamanho, o gigante conseguiu fazer frente para as torres gêmeas do Florianópolis: dois centrais também da nova geração, Lucas, 2,09 m, e Éder, 2,05 m. Vale registrar também a atuação do levantador Rafinha, do Minas: rápido e ousado, fez a diferença em quadra.
As estatísticas da Superliga revelam informações interessantes. Basta dar uma olhadinha e fica fácil ver qual o maior destaque do torneio até agora: o oposto André Nascimento, do Minas. É o segundo maior pontuador, o segundo atacante mais eficiente e o dono da melhor defesa. No feminino, o cenário é o mesmo: o Rio, de Bernardinho, continua o dono da bola. Venceu os dois turnos. No último, fez belo jogo com o Osasco. Parecia até que iria perder.
A vitória passou a ser desenhada no quarto set, quando a oposto Joycinha resolveu jogar. E jogou muito. A boa nova é que o Osasco está começando a se acertar. Fez um segundo turno perfeito: em seis jogos, não perdeu nenhum set. Venceu até o Rio por 3 a 0. Só tropeçou na decisão, contra o mesmo Rio. O problema é que o time ainda sofre com a irregularidade das levantadoras.
A expectativa é que o São Caetano, de Fofão, Mari e Sheilla, a decepção até agora, também acerte o passo. Aí o torneio vai ficar bem mais bacana.

ITALIANO
O Pesaro, time do técnico Zé Roberto Guimarães e da ponteira Jaqueline, está com a bola toda no Campeonato Italiano. Na última rodada, no confronto entre os dois únicos invictos, o Pesaro venceu o Bergamo por 3 sets a 1 e agora é o líder isolado da competição.

DANÇA DOS TÉCNICOS
No Campeonato Italiano masculino, os técnicos estão sofrendo. Depois de 12 rodadas, quatro já perderam o emprego, dois deles brasileiros: Renan e Radamés Lattari. Os outros são Marco Bonitta, ex-técnico da Itália, e Giani, ex-jogador da seleção italiana, que foi demitido do comando do Modena.

cidasan@uol.com.br


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