São Paulo, quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

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Cielo usa status para criticar país

NATAÇÃO
Estado das piscinas é vergonhoso, diz campeão mundial


DE SÃO PAULO

Cesar Cielo tem aproveitado o prestígio adquirido com seus resultados nas piscinas para cobrar melhorias na estrutura da natação no Brasil.
O nadador, que acabou de unificar os títulos mundiais dos 50 m e 100 m livre em piscinas curta e olímpica, voltou a criticar ontem o nível de organização da modalidade.
"Temos apenas duas piscinas em condições hoje, que são a do Júlio Delamare e a do Maria Lenk. Não temos uma piscina coberta e aquecida de 50 m decente para trabalhar. Isso chega até a ser vergonhoso", afirmou Cielo.
"Em um torneio deste ano, eu nadei dois segundos acima do recorde mundial. E o repórter veio me perguntar a razão disso. A piscina onde nadei parecia um tanque."
Apesar das limitações, Cielo, 22, estuda treinar exclusivamente no país no próximo ano. Atualmente, divide períodos de preparação no Brasil e em Auburn, nos Estados Unidos. O seu técnico para 2011 também está indefinido. As decisões, segundo ele, devem ser tomadas em janeiro.
Para o nadador, abandonar os Estados Unidos hoje é possível porque a parte técnica do esporte cresceu muito no Brasil nos últimos anos, compensando um pouco os problemas de estrutura.
"Vários atletas estão ganhando medalhas trabalhando aqui. Temos um recurso humano fortíssimo, nossos treinadores são ótimos. Se você divide piscina com o Felipe França, pode falar que está treinando com o cara mais rápido do mundo no nado peito", afirmou.
No Mundial de piscina curta, encerrado domingo em Dubai, o Brasil ganhou oito medalhas, três de ouro -as duas de Cielo e a de França, nos 50 m peito. (RAFAEL REIS)


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