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No reencontro, fãs só lembram de xingar juiz
DA REPORTAGEM LOCAL
Nada de protestos contra a
diretoria ou os jogadores.
No reencontro, a torcida do
Palmeiras inaugurou novo
relacionamento com o time.
Sem Mustafá Contursi na cadeira da presidência, os palmeirenses voltaram ao tradicional: injúrias e xingamentos, apenas para o árbitro.
No primeiro compromisso palmeirense no Parque
Antarctica, toda a indignação e fúria, que em jogos anteriores eram dirigidos ao time, foram para o juiz.
Pouco antes do início do
jogo, a organizada Mancha
Alviverde deu início à inovação. Substituiu os gritos de
"fora Mustafá" por um outro coro alusivo ao ex-presidente: "p... que pariu, até
que enfim o Mustafá saiu".
Já o nome do novo presidente do clube, Affonso della
Monica, não foi lembrado.
Pelo lado das numeradas
cobertas, tradicional reduto
dos chamados "corneteiros", ouviu-se mais aplausos
do que vaias dirigidas ao time. A "turma do amendoim" -assim batizada a
ala por Luiz Felipe Scolari
quando treinou o clube-
parecia contagiada com o
clima familiar de outro setor
do estádio: a nova parte das
arquibancadas, aberta pela
primeira vez ontem e destinada apenas aos compradores do ingresso-família.
Nem o lateral Lúcio e o
meia Diego Souza, alvos tradicionais da fúria dos torcedores, foram incomodados
com gritos das arquibancadas -até foram aplaudidos.
O único que não escapou
foi Estevam Soares. O técnico não deixou o campo sem
ouvir "burro, burro" quando substituiu o meia Marcel,
aspirante a ídolo palmeirense. Mas nada que não ouviria
em qualquer outro campo
de futebol.
(PGA)
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