São Paulo, segunda-feira, 24 de janeiro de 2005

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No reencontro, fãs só lembram de xingar juiz

DA REPORTAGEM LOCAL

Nada de protestos contra a diretoria ou os jogadores. No reencontro, a torcida do Palmeiras inaugurou novo relacionamento com o time. Sem Mustafá Contursi na cadeira da presidência, os palmeirenses voltaram ao tradicional: injúrias e xingamentos, apenas para o árbitro.
No primeiro compromisso palmeirense no Parque Antarctica, toda a indignação e fúria, que em jogos anteriores eram dirigidos ao time, foram para o juiz.
Pouco antes do início do jogo, a organizada Mancha Alviverde deu início à inovação. Substituiu os gritos de "fora Mustafá" por um outro coro alusivo ao ex-presidente: "p... que pariu, até que enfim o Mustafá saiu".
Já o nome do novo presidente do clube, Affonso della Monica, não foi lembrado.
Pelo lado das numeradas cobertas, tradicional reduto dos chamados "corneteiros", ouviu-se mais aplausos do que vaias dirigidas ao time. A "turma do amendoim" -assim batizada a ala por Luiz Felipe Scolari quando treinou o clube- parecia contagiada com o clima familiar de outro setor do estádio: a nova parte das arquibancadas, aberta pela primeira vez ontem e destinada apenas aos compradores do ingresso-família.
Nem o lateral Lúcio e o meia Diego Souza, alvos tradicionais da fúria dos torcedores, foram incomodados com gritos das arquibancadas -até foram aplaudidos.
O único que não escapou foi Estevam Soares. O técnico não deixou o campo sem ouvir "burro, burro" quando substituiu o meia Marcel, aspirante a ídolo palmeirense. Mas nada que não ouviria em qualquer outro campo de futebol. (PGA)


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