RODRIGO BUENO
DA REPORTAGEM LOCAL

A Copa dos Campeões dá início hoje ao seu mata-mata com 16 equipes que podem ser divididas em dois grupos: sócios e não-sócios do G14, clube que reúne os times mais poderosos da Europa.
São oito membros da elite e oito representantes do movimento de ascendentes que promete mudar a cara recente do futebol europeu.
Desde 1991, quando o Estrela Vermelha levantou a taça, o velho continente não vê um "outsider" ficar com o título. De lá para cá, só integrantes do G14 foram proclamados campeões continentais.
Na história, são 38 taças para o G14, entidade que nasceu oficialmente apenas no final do século 20, e apenas dez para o resto.
Na temporada passada, os oito melhores da Copa dos Campeões eram "figurinhas carimbadas" do G14. Desta vez, pelo menos dois emergentes estarão nas quartas-de-final. Isso porque o sorteio da Uefa reservou dois duelos entre membros do G14 e dois confrontos entre times ascendentes.
Hoje, Bayern e Real Madrid fazem o jogo da elite, e Lokomotiv e Monaco travam a disputa entre os "outsiders". O Monaco, treinado por Didier Deschamps, impressiona pela vocação ofensiva, pois já aplicou a maior goleada da fase moderna da Copa dos Campeões (8 a 3 no La Coruña) e tem o melhor ataque do torneio (15 gols).
As outras duas partidas desta tarde opõem novidade e tradição: Sparta x Milan e Celta x Arsenal.
Amanhã, os jogos de ida das oitavas-de-final serão completados com outros dois confrontos entre G14 e emergentes (La Coruña x Juventus e Real Sociedad x Lyon) e com duas disputas de mesma "classe" (Porto x Manchester United e Stuttgart x Chelsea).
O Chelsea é o grande exemplo da temporada. Atraiu a atenção e desafiou o G14 ao ser o time que mais investiu (gastou mais de 160 milhões em contratações).