|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Cubano que desertou no Pan-07 foge para os EUA
Pugilista Rigondeaux foi deportado do Brasil e vivia no ostracismo em Cuba
Atleta bicampeão olímpico que ficou fora dos Jogos de Pequim deve agora se tornar profissional e ter a carreira agenciada por firma alemã
DA REPORTAGEM LOCAL
Guillermo Rigondeaux, 27,
chegou ontem a Miami para
tentar terminar empreitada
iniciada sem sucesso em 2007:
deixar Cuba e se aventurar em
uma carreira internacional.
O pugilista cubano, que teria
passado pelo México durante a
fuga, está hospedado com antigos companheiros de seleção e
também deve passar a ser agenciado pela empresa alemã Arena Box Promotions, que já trabalha com Yuriorkis Gamboa,
Erislandy Lara e Odlanier Solís.
As informações são do jornal
de Miami "El Nuevo Herald".
"Queremos que ele faça parte
do nosso grupo de boxeadores e
abrir todas as portas para que
ele cumpra seu sonho de ser
campeão mundial", disse o representante da Arena nos EUA
Luis de Cubas à publicação.
Bicampeão olímpico e mundial, Rigondeaux já havia tentado deixar Cuba em 2007. Durante o Pan do Rio, fugiu da Vila
com o conterrâneo Erislandy
Lara. Eles ficaram quase duas
semanas escondidos no Estado
do Rio até serem presos.
Os cubanos foram deportados menos de 48 horas depois
de terem sido localizados.
À época o Ministério da Justiça informou que o Conare
(Comitê Nacional para os Refugiados) não discutiu o caso dos
atletas, que poderiam ter recebido refúgio no Brasil.
Em setembro do mesmo ano,
no entanto, o país deu asilo aos
também cubanos Rafael Capote (handebol) e Michel Fernandez Garcia (ciclismo), que desertaram também no Pan.
Segundo a Arena, que contratou advogado para ajudar os
pugilistas no Rio, a intenção deles de abandonar Cuba vinha
desde 2004 e a dupla já teria até
contrato assinado.
O Consulado Geral da Alemanha no Rio informou durante o imbróglio que os cubanos
haviam feito pedido de visto.
Deportados para Cuba, os
pugilistas permaneceram no
ostracismo, sem perspectiva de
retornarem aos ringues.
Os dois chegaram a pedir
desculpas públicas e manifestaram desejo de voltarem a representar o seu país. Mesmo
assim, Rigondeaux foi impedido de disputar os Jogos de Pequim, no ano passado.
Com a equipe desfalcada por
deserções e recheada de novatos, o tradicional boxe de Cuba
ganhou apenas quatro medalhas de prata e quatro de bronze na competição chinesa.
Lara, por sua vez, saiu de Cuba em julho de 2008 rumo a
Hamburgo, na Alemanha. A fuga ocorreu via México. Hoje, segundo o "El Nuevo Herald", ele
também vive em Miami e já iniciou a carreira profissional.
Com agências internacionais
Texto Anterior: Disputa dá nova chance de triunfo a brasileiros Próximo Texto: Tênis: Duelo Suécia x Israel pode mudar de sede Índice
|