São Paulo, quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

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Herói improvável, Jorge Henrique ofusca Ronaldo e Roberto Carlos e é ídolo

DA REPORTAGEM LOCAL

20 de janeiro de 2010, Pacaembu lotado para o confronto entre Corinthians e Bragantino: estreia de Roberto Carlos pelo clube e primeira partida de Ronaldo na temporada.
Enquanto os pentacampeões deixaram o campo sob desconfiança -o Fenômeno teve estreia discreta, e o lateral-esquerdo falhou no gol do Bragantino-, 34 mil corintianos presentes berravam o nome de um herói improvável.
Jorge Henrique, 28 anos e 1,69 m, não preenche nenhum dos requisitos de um "jogador de Libertadores". Não é alto, não é forte e não tem experiência na competição. Somente a disputou uma vez, em 2005, como reserva do Atlético-PR.
A despeito de tudo isso, é hoje o jogador mais importante do Corinthians. Atacante de origem, mostra disposição e fôlego para correr por todos os cantos do gramado e cumprir qualquer função que Mano Menezes precisar que ele faça.
"Jogo até de zagueiro", declarou o jogador, que vai usar na Libertadores a mesma camisa 23 com a qual se consagrou na temporada passada.
Contra o Bragantino, ele foi deslocado para a lateral esquerda. Com dois carrinhos, evitou que a equipe do interior empatasse a partida, vencida por 2 a 1 pelo Corinthians -um dos gols havia sido dele.
Quando o Corinthians contratou Defederico e Edno, depois Danilo, Tcheco e Iarley, a escalação do time virou uma incógnita. Dentinho, que havia sido titular no ano passado, perdeu espaço. A vaga de Jorge Henrique, a quem Mano não cansa de elogiar nas entrevistas, continua intacta.
"Fico muito feliz de ter o reconhecimento do treinador e o carinho da torcida", disse o jogador, ídolo do time que tem Ronaldo e Roberto Carlos.
"Esperava certa dificuldade de adaptação ao Corinthians. A torcida do Botafogo [seu ex- -clube] é maravilhosa, mas como a do Corinthians não tem. Sei que posso correr e me dedicar ao máximo porque vai ter muita gente apoiando."
Jorge Henrique não escondeu que, encerrada a Libertadores, tem o sonho de jogar no futebol da Europa. "Todo jogador pensa nisso", afirmou. "E também é o jeito mais fácil de chegar à seleção brasileira."
Enquanto esse dia não chega, o atacante promete à torcida realizar o que sabe. "Correr e lutar dentro de campo. Se todos fizerem isso, os resultados virão." (MF E PGA)


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