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Herói improvável, Jorge Henrique ofusca Ronaldo e Roberto Carlos e é ídolo
DA REPORTAGEM LOCAL
20 de janeiro de 2010, Pacaembu lotado para o confronto entre Corinthians e Bragantino: estreia de Roberto Carlos
pelo clube e primeira partida
de Ronaldo na temporada.
Enquanto os pentacampeões deixaram o campo sob
desconfiança -o Fenômeno
teve estreia discreta, e o lateral-esquerdo falhou no gol do
Bragantino-, 34 mil corintianos presentes berravam o nome de um herói improvável.
Jorge Henrique, 28 anos e
1,69 m, não preenche nenhum
dos requisitos de um "jogador
de Libertadores". Não é alto,
não é forte e não tem experiência na competição. Somente a
disputou uma vez, em 2005,
como reserva do Atlético-PR.
A despeito de tudo isso, é hoje o jogador mais importante
do Corinthians. Atacante de
origem, mostra disposição e
fôlego para correr por todos os
cantos do gramado e cumprir
qualquer função que Mano
Menezes precisar que ele faça.
"Jogo até de zagueiro", declarou o jogador, que vai usar
na Libertadores a mesma camisa 23 com a qual se consagrou na temporada passada.
Contra o Bragantino, ele foi
deslocado para a lateral esquerda. Com dois carrinhos,
evitou que a equipe do interior
empatasse a partida, vencida
por 2 a 1 pelo Corinthians
-um dos gols havia sido dele.
Quando o Corinthians contratou Defederico e Edno, depois Danilo, Tcheco e Iarley, a
escalação do time virou uma
incógnita. Dentinho, que havia
sido titular no ano passado,
perdeu espaço. A vaga de Jorge
Henrique, a quem Mano não
cansa de elogiar nas entrevistas, continua intacta.
"Fico muito feliz de ter o reconhecimento do treinador e o
carinho da torcida", disse o jogador, ídolo do time que tem
Ronaldo e Roberto Carlos.
"Esperava certa dificuldade
de adaptação ao Corinthians.
A torcida do Botafogo [seu ex-
-clube] é maravilhosa, mas como a do Corinthians não tem.
Sei que posso correr e me dedicar ao máximo porque vai ter
muita gente apoiando."
Jorge Henrique não escondeu que, encerrada a Libertadores, tem o sonho de jogar no
futebol da Europa. "Todo jogador pensa nisso", afirmou. "E
também é o jeito mais fácil de
chegar à seleção brasileira."
Enquanto esse dia não chega, o atacante promete à torcida realizar o que sabe. "Correr
e lutar dentro de campo. Se todos fizerem isso, os resultados
virão."
(MF E PGA)
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