|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Brasil terá sua estreia feminina na Indy, com Bia
JOSÉ EDUARDO MARTINS
DA REPORTAGEM LOCAL
O Brasil, pela primeira vez,
terá uma mulher entre os pilotos de uma corrida da Indy.
Bia Figueiredo, 24, anunciou
ontem o contrato com a equipe
Dreyer & Reinbold Racing para
participar da etapa de abertura
da temporada, que será disputada no dia 14 de março, no circuito de rua de São Paulo.
Empresariada pelo ex-piloto
André Ribeiro, ela teve o seu
acordo viabilizado financeiramente pela Firestone, empresa
que patrocina a etapa paulista.
"Estou muito feliz por ter essa oportunidade. Vou tentar
maximizar essa chance para,
quem sabe, disputar toda a
temporada", disse Bia, que treina nesta sexta-feira em Sebring, na Flórida (EUA).
Além da piloto, já foi confirmada a presença dos brasileiros Hélio Castro Neves, Tony
Kanaan, Raphael Matos, Vitor
Meira e Mario Romancini.
Apesar da tradição do país no
automobilismo, a participação
de mulheres brasileiras nas pistas nunca foi muito grande.
Até hoje, nenhuma piloto do
país chegou perto da F-1. A ex-
-modelo Suzane Carvalho ainda disputou a Indy Lights Pan-
-Americana entre 1999 e 2000,
mas não conseguiu ir além.
"No Brasil, podia não parecer, mas sofria muito preconceito nas pistas. Alguns pilotos
chegaram a bater propositalmente em mim", afirmou Bia.
Nos EUA, a presença feminina em corridas é mais comum.
A Indy tem as americanas Danica Patrick e Sarah Fischer e a
venezuelana Milka Duno.
Bia começou, aos nove anos,
a carreira no kart. Em 2005, fez
história ao se tornar a primeira
mulher no mundo a conquistar
uma prova de F-Renault. Em
2008, também foi pioneira ao
vencer na Indy Lights -categoria de acesso à Indy.
Texto Anterior: Suspeito de assassinar palmeirense vai preso Próximo Texto: F-1: Em defesa das montadoras, Ferrari ataca FIA Índice
|