São Paulo, quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

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Dívidas e contrato bilionário causam a disputa entre clubes

DE SÃO PAULO

Alexandre Kalil, presidente do Atlético-MG, foi direto ao resumir a nova divisão de forças no futebol brasileiro.
"Estamos falando de dinheiro, de muito dinheiro. Não há outro assunto aqui, não há outro interesse, a não ser dinheiro. Estamos falando de quase R$ 4 bilhões", declarou o cartola mineiro.
Esse é o valor total que a diretoria do Clube dos 13 esperava arrecadar com os novos contratos de transmissão do Campeonato Brasileiro.
Segundo Kalil, o "Grupo A", que inclui Corinthians, Palmeiras, São Paulo, Flamengo e Vasco, deveria faturar R$ 42 milhões por ano só com TV aberta nas próximas três temporadas. Isso se continuassem no C13.
Andres Sanchez, presidente do Corinthians, acredita que pode arrecadar "entre R$ 60 milhões e R$ 70 milhões" se negociar sozinho. "É impossível", desdenhou Juvenal Juvêncio, do São Paulo.
Assim que Botafogo, Corinthians, Flamengo, Fluminense e Vasco anunciaram que negociariam seus contratos sem a intermediação do C13, deflagrou-se uma guerra de acusações entre a entidade e a TV Globo.
"Desde o ano passado, quando caiu a cláusula de preferência, a Globo passou a emprestar dinheiro diretamente para os clubes, como forma de pressioná-los. Achei preocupante", atacou Ataíde Gil Guerreiro, diretor-executivo do C13.
Procurada pela reportagem, a emissora não quis rebater as acusações da associação. Extraoficialmente, a cúpula da Globo replicou que essa é uma prática do Clube dos 13 -incentivar que os clubes se endividem para servir como avalista para empréstimos bancários.


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