São Paulo, quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

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JUCA KFOURI

A implosão


Bem na hora em que o Clube dos 13 trabalhava direito, é sabotado. Talvez por isso


NEM O CORINTHIANS quer lisura do Clube dos 13, porque também não prima por isso, nem o Flamengo caiu fora por causa da bobagem do São Paulo -que deu motivo, com a Taça das Bolinhas, para a demagogia perante a massa rubro-negra.
O racha se dá porque os que saíram não querem saber de mudanças e preferem a Globo.
Eu, aliás, também preferiria, ainda mais que o dinheiro da Record é uma forma de concorrência desleal, porque da Iurd.
Só os adeptos daquele chinês que não se importa com a cor do gato, desde que ele coma ratos, não dão bola à origem do dinheiro, como o Corinthians, com o aval de seu atual presidente, não se importou com a grana da MSI.
É de se lamentar, porque a licitação pretendida pelo Clube dos 13 seria um avanço nas relações entre o futebol e a venda de seus direitos. E que tudo foi feito de maneira tão transparente que, na comissão, havia dois clubes que nem votaram no presidente da entidade -o Santos e o Botafogo.
Por ironia, é capaz que agora surja a Liga que o Clube dos 13, imperdoavelmente, foi incapaz de erguer, embora, de vanguarda, tenha nascido cinco anos antes da Liga Inglesa.
Porque o presidente da CBF topa a Liga desde que sob o controle de gente dele. E assim será.

REPETECO
O jornalista estadunidense Grant Wahl, da revista "Sports Illustrated", que quer ser candidato à presidência da Fifa, nem sabe, mas não inova.
Porque aqui, em 1986, Sílvio Luiz, então no auge de sua popularidade como impagável narrador esportivo da TV Record, e Flávio Prado, seu fiel escudeiro, foram anticandidatos à presidência e à vice- -presidência da Federação Paulista de Futebol, em 1982 e em 1985, contra a dupla Nabi/Marin.
E chegaram ao prédio da entidade na tarde da eleição de fraque e cartola. E tiveram um voto na primeira eleição. E dobraram na segunda!

KIRRATA
Menos mal que, na coluna "Fenômeno pós-Pelé", da última quinta-feira, ao listar os nomes dos poucos que merecem estar numa relação em dia de homenagem ao futebol de Ronaldo, este pobre escriba tenha escrito que "certamente haverá esquecimentos imperdoáveis".
Porque deixar de citar o magistral húngaro Ferenc Puskas é até mais que imperdoável, é heresia mesmo, é crime lesa-futebol. Tudo bem que, agora, dá para reverenciá-lo em separado...

blogdojuca@uol.com.br


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