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FUTEBOL
Após uma temporada longe do torneio, os 4 times mais tradicionais do Estado voltam e massacram adversários
SP-03 aumenta o fosso entre clubes grandes e pequenos
PAULO COBOS
DA REPORTAGEM LOCAL
Na volta dos grandes ao Campeonato Paulista, o fosso entre o
quarteto mais tradicional do Estado e a concorrência aumentou.
Os números finais da edição
2003 mostram que Corinthians,
Palmeiras, Santos e São Paulo tiveram, em conjunto, mais facilidade no certame do que em 2001 -no ano passado esses quatro
clubes e outras cinco agremiações
médias ficaram fora do Paulista
para disputar o Rio-SP.
Em 2001, os quatro grandes
conquistaram 59% dos pontos
em disputa contra os demais integrantes da elite paulista. Agora,
essa marca passou para 70%.
O resultado final de cada edição
é um reflexo desses números. Há
dois anos, a decisão foi entre um
grande, Corinthians, e um pequeno, Botafogo. Agora, o momento
mais importante ficou reservado
só para os "gigantes" do Estado:
novamente o clube do Parque São
Jorge e o São Paulo.
Se na versão encerrada no último final de semana só o Santos,
eliminado na primeira fase por
causa de um empate que era bom
tanto para o Santo André quanto
para o São Paulo, ficou fora das
semifinais, em 2001 o "desastre"
também atingiu as equipes de Palmeiras e São Paulo.
A possibilidade de uma vitória
de um "nanico" diante do quarteto também diminuiu. No primeiro Paulista do século 21, quase um
quarto dos confrontos desse tipo
acabou com triunfo de um pequeno. Agora, isso aconteceu em apenas 15% desses duelos.
No ataque, o fosso ficou praticamente estagnado, mas na defesa
novamente o domínio de Corinthians, Palmeiras, Santos e São
Paulo aumentou bastante.
O número de gols marcados dos
pequenos em jogos contra os
grandes caiu agora 25% em relação ao que ocorreu em 2001.
A tarefa do quarteto foi facilitada pela proliferação de times medíocres na disputa do Estadual.
Na primeira fase, o Juventus
não conseguiu um mísero ponto
em seis jogos.
A Inter de Limeira, que foi rebaixada com um time recheado
de veteranos, como o ex-são-paulino Silas, terminou a fase de classificação com a incrível média de
3,5 gols sofridos por jogo. Com
seu status de grande cada vez
mais distante, a Lusa não passou
da primeira fase e penou para safar-se do descenso no rebolo.
Os pequenos foram rivais menos duros mesmo com os elencos
dos grandes enfraquecidos.
Em 2000, por exemplo, Corinthians, Palmeiras e São Paulo tinham, juntos, 21 jogadores com passagens pela seleção principal.
Agora, o trio tem apenas dez atletas desse nível.
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