São Paulo, quinta-feira, 24 de março de 2011

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Espanha também vive racha

TV
Liga que organiza Nacional quer fim da transmissão gratuita de jogos


DE SÃO PAULO

A disputa pelo dinheiro da venda dos direitos de TV pode atrasar o fim da atual temporada do Campeonato Espanhol. E já criou um racha entre os clubes do país.
A LFP (Liga de Futebol Profissional), que organiza as duas primeiras divisões nacionais, quer adiar os jogos da próxima rodada da elite, nos dias 2 e 3 de abril.
A entidade ameaça paralisar o campeonato local por não concordar com a exibição gratuita de uma partida por rodada em TV aberta.
A Lei Reguladora de Emissões e Retransmissões de Competições e Acontecimentos Esportivos, que dita a norma, existe desde 1997 e surgiu como resposta ao crescimento da TV fechada e do pay-per-view na Espanha.
Especialistas consultados pelo diário "As" estimam que, com o jogo que hoje é transmitido gratuitamente, os ganhos dos clubes com a TV iriam de € 640 milhões (R$ 1,5 bilhão) anuais para mais de € 800 milhões (aproximadamente R$ 1,8 bilhão).
A LFP decidiu paralisar as atividades do primeiro fim de semana de abril em assembleia no dia 11 de fevereiro.
Ontem, emitiu um comunicado confirmando sua posição de adiar a rodada.
A entidade alega que as conversas sobre a anulação da resolução com o governo, o Conselho Superior de Esportes e os grupos parlamentares ainda não evoluíram.
"[A Espanha] é o único país em que existe a obrigação legal de se transmitir de forma gratuita um jogo do Nacional em todas as rodadas, o que é expropriação dos direitos dos clubes sem recompensa", informa a nota.
Apesar da briga declarada pela LFP, o adiamento da rodada não é apoiado pelos 20 times da primeira divisão.
Villarreal, Real Sociedad, Athletic Bilbao, Zaragoza, Espanyol, Sevilla e Málaga são contra a decisão e pretendem jogar normalmente no fim de semana do protesto.
Seis dos dissidentes entraram ontem com ação judicial solicitando que a decisão da assembleia da liga seja impugnada. "Se pudermos, vamos nos apresentar para a partida", disse o presidente do Villarreal, Fernando Roig.


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