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"O goleiro deveria ficar quieto'
da Reportagem Local
Para o empresário Toninho Silva, o goleiro Nasser não deveria ter
revelado o escândalo do suposto
suborno no Paulista-98.
"Esse goleiro foi pilantra. Eles
deram uma grana para ele. O dever
dele era ficar quieto", disse Silva,
que é apontado, em relatório da
Lusa, como culpado pelo sumiço
de R$ 130 mil do caixa do clube.
Já o técnico Orlando Pereira, que
dirigia a Santista, afirmou ter avisado Nasser de que ele poderia ter
problemas se aceitasse o contrato
"fantasma" com a Lusa.
"Ele me disse que ia assinar o
contrato. Eu falei para ele não assinar", declarou.
Pereira disse que só ficou sabendo do escândalo algum tempo,
após a desclassificação da Santista.
"No dia do jogo, eu não sabia de
nada. Para mim, não ofereceram
nada", afirmou o treinador.
Ele confirmou também que incentivou Nasser a processar a Lusa
por danos decorrentes do escândalo.
"Nós entramos com advogado,
mas depois desistimos, não ia dar
em nada. Depois, nunca mais vi o
Nasser", disse Pereira.
²
Diretoria
Ontem, Fernando Gomes, diretor de futebol da Lusa, concordou
com a denúncia feita anteontem à
Folha por Ilídio Lico, vice-presidente do clube, de que conselheiros lesam os cofres do clube.
"Conheço o Ilídio há 30 anos, e é
uma pessoa idônea. Mas tem pessoas no clube que olham vaidades.
Nem todo mundo é bom", disse.
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