São Paulo, quarta, 24 de março de 1999

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"O goleiro deveria ficar quieto'

da Reportagem Local

Para o empresário Toninho Silva, o goleiro Nasser não deveria ter revelado o escândalo do suposto suborno no Paulista-98.
"Esse goleiro foi pilantra. Eles deram uma grana para ele. O dever dele era ficar quieto", disse Silva, que é apontado, em relatório da Lusa, como culpado pelo sumiço de R$ 130 mil do caixa do clube.
Já o técnico Orlando Pereira, que dirigia a Santista, afirmou ter avisado Nasser de que ele poderia ter problemas se aceitasse o contrato "fantasma" com a Lusa.
"Ele me disse que ia assinar o contrato. Eu falei para ele não assinar", declarou.
Pereira disse que só ficou sabendo do escândalo algum tempo, após a desclassificação da Santista.
"No dia do jogo, eu não sabia de nada. Para mim, não ofereceram nada", afirmou o treinador.
Ele confirmou também que incentivou Nasser a processar a Lusa por danos decorrentes do escândalo.
"Nós entramos com advogado, mas depois desistimos, não ia dar em nada. Depois, nunca mais vi o Nasser", disse Pereira.
² Diretoria
Ontem, Fernando Gomes, diretor de futebol da Lusa, concordou com a denúncia feita anteontem à Folha por Ilídio Lico, vice-presidente do clube, de que conselheiros lesam os cofres do clube.
"Conheço o Ilídio há 30 anos, e é uma pessoa idônea. Mas tem pessoas no clube que olham vaidades. Nem todo mundo é bom", disse.



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