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TÊNIS
Desafios
THALES DE MENEZES
"O Guga perdeu logo de cara.
E o Pete Sampras recuperou a
primeira posição no ranking. É,
o tênis voltou ao normal!"
A brincadeira, extraída de
uma mensagem eletrônica enviada por um amigo, revela sintomas de situação de berlinda
vividas por vários tenistas.
Há uma lista de nomes no circuito que estão devendo, seja
para sua torcida ou para eles
próprios. Gustavo Kuerten é um
deles. A irregularidade do brasileiro está minando a paciência
de seus fãs, até mesmo daqueles
que entendem de tênis e reconhecem a extrema competitividade do circuito atual.
Com a exceção de Moyá, a esquadra espanhola também vai
mal das velas. Fora do quadrimestre dominado pelos torneios
de saibro, entre abril e julho, a
moçada não consegue uma posição estável. Depois de vencer o
Masters do ano passado, Alex
Corretja vem fazendo uma campanha péssima na temporada.
O resto (Albert Costa, Felix
Mantilla e amigos) continua na
gangorra do ranking.
O inglês Tim Henman precisa
aprender a jogar contra gente
grande. Já está em sua segunda
temporada entre os "top ten",
mas é incapaz de jogar bem contra um dos primeiros.
E há toda uma legião do saque
"canhão" que precisa provar ter
outras qualidades. Mark Philippoussis parece o melhorzinho da
turma, que ainda conta com Rusedski, Safin e Gambill.
No feminino, a alemã Steffi
Graf e a americana Monica Seles têm de provar nos próximos
torneios se ainda dispõem de
gás para competir pelos títulos
com Hingis, Davenport e as irmãs Venus e Serena Williams.
Já as espanholas Arantxa Sanchez e Conchita Martinez dependem de conseguir algum resultado expressivo neste ano para ter motivação para o ano
2000. Na mesma situação está a
ex-grande esperança da América e ex-ladra de loja Jennifer
Capriati, que tenta mais um retorno.
Pelo jeito, desafio não falta.
NOTAS
Nem esquentou
E Carlos Moyá já devolveu o
posto para Sampras. Pois é. O
espanhol pode até voltar, porque a diferença de pontos é mínima. Agora, um fantasma cerca o jogador. Ele tem um caminhão de pontos para defender
em Mônaco e Roland Garros,
torneios que venceu no ano
passado. Uma eliminação precoce em um deles vai ser algo
muito chato para Moyá. Perder
cedo nos dois, então, será desastre total, jogando o espanhol
para fora dos "top 15". É muita
pressão. Resta torcer para que
ele já esteja perturbado na Davis, na semana que vem.
Ruína chilena
Falando em desastres, a exibição de Marcelo Ríos no Lipton
foi medíocre. No jogo contra o
eslovaco Dominik Hrbaty, a
derrota foi acachapante. O placar de 6/2 e 6/0 diz exatamente
o que foi a partida. E, pior, o adversário nem jogou muito bem.
Ríos errou tudo. Um massacre.
²
E-mail: thales@folhasp.com.br
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