São Paulo, quarta, 24 de março de 1999

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TÊNIS
Desafios

THALES DE MENEZES

"O Guga perdeu logo de cara. E o Pete Sampras recuperou a primeira posição no ranking. É, o tênis voltou ao normal!"
A brincadeira, extraída de uma mensagem eletrônica enviada por um amigo, revela sintomas de situação de berlinda vividas por vários tenistas.
Há uma lista de nomes no circuito que estão devendo, seja para sua torcida ou para eles próprios. Gustavo Kuerten é um deles. A irregularidade do brasileiro está minando a paciência de seus fãs, até mesmo daqueles que entendem de tênis e reconhecem a extrema competitividade do circuito atual.
Com a exceção de Moyá, a esquadra espanhola também vai mal das velas. Fora do quadrimestre dominado pelos torneios de saibro, entre abril e julho, a moçada não consegue uma posição estável. Depois de vencer o Masters do ano passado, Alex Corretja vem fazendo uma campanha péssima na temporada.
O resto (Albert Costa, Felix Mantilla e amigos) continua na gangorra do ranking.
O inglês Tim Henman precisa aprender a jogar contra gente grande. Já está em sua segunda temporada entre os "top ten", mas é incapaz de jogar bem contra um dos primeiros.
E há toda uma legião do saque "canhão" que precisa provar ter outras qualidades. Mark Philippoussis parece o melhorzinho da turma, que ainda conta com Rusedski, Safin e Gambill.
No feminino, a alemã Steffi Graf e a americana Monica Seles têm de provar nos próximos torneios se ainda dispõem de gás para competir pelos títulos com Hingis, Davenport e as irmãs Venus e Serena Williams.
Já as espanholas Arantxa Sanchez e Conchita Martinez dependem de conseguir algum resultado expressivo neste ano para ter motivação para o ano 2000. Na mesma situação está a ex-grande esperança da América e ex-ladra de loja Jennifer Capriati, que tenta mais um retorno.
Pelo jeito, desafio não falta.

NOTAS

Nem esquentou
E Carlos Moyá já devolveu o posto para Sampras. Pois é. O espanhol pode até voltar, porque a diferença de pontos é mínima. Agora, um fantasma cerca o jogador. Ele tem um caminhão de pontos para defender em Mônaco e Roland Garros, torneios que venceu no ano passado. Uma eliminação precoce em um deles vai ser algo muito chato para Moyá. Perder cedo nos dois, então, será desastre total, jogando o espanhol para fora dos "top 15". É muita pressão. Resta torcer para que ele já esteja perturbado na Davis, na semana que vem.

Ruína chilena
Falando em desastres, a exibição de Marcelo Ríos no Lipton foi medíocre. No jogo contra o eslovaco Dominik Hrbaty, a derrota foi acachapante. O placar de 6/2 e 6/0 diz exatamente o que foi a partida. E, pior, o adversário nem jogou muito bem. Ríos errou tudo. Um massacre.
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E-mail: thales@folhasp.com.br


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