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Após um ano, F-1 tem "revolução" de pilotos e equipes
Às vésperas do GP do Bahrein, protagonistas de disputa por liderança em 2008 perdem espaço para coadjuvantes
Entre os mais assediados no ano passado, apenas Lewis Hamilton pontuou neste Mundial, que é liderado
por Button e pela Brawn
TATIANA CUNHA
ENVIADA ESPECIAL A SAKHIR
Exatamente um ano atrás, a
F-1 desembarcava em Barcelona para a quarta etapa do Mundial. Lewis Hamilton, Kimi
Raikkonen, Felipe Massa e Robert Kubica eram os pilotos
mais procurados no paddock.
Agora, às vésperas dos treinos livres para o GP do Bahrein,
o cenário está totalmente mudado. Do avesso, literalmente.
Só Hamilton pontuou. Já os
quatro primeiros da F-1 neste
ano (Jenson Button, Rubens
Barrichello, Sebastian Vettel e
Timo Glock) apareciam zerados na classificação em 2008.
A nova ordem já fez duas
equipes, Brawn e Red Bull, conseguirem suas primeiras vitórias e deixou para trás times como Ferrari, McLaren e BMW.
Com poucas exceções, a maioria festeja a mudança.
"Nosso desempenho depende muito do carro, e por isso a
categoria está tão diferente
neste ano", disse Fernando
Alonso, bicampeão em 2005 e
2006 e que vem sofrendo com
seu Renault nos últimos dois
anos. "Se olharmos para o ano
passado, todo mundo só falava
no Robert [Kubica], e agora parece que todos já se esqueceram de como ele é bom."
Para Robert Kubica, ainda
não é hora de entrar em pânico.
"É difícil prever o que vai acontecer, mas esta é a nova realidade. Há novos times vencendo e
os grandes sofrendo."
"Não é a situação em que
queríamos estar, mas temos de
continuar trabalhando", completou o polonês, que imagina,
como a maioria, que a partir da
próxima etapa, em Barcelona,
os times que se destacaram em
2008 devem andar melhor, já
que terão mudanças nos carros.
"Só na Espanha teremos
uma visão real de quem é quem
neste ano. Mas é saudável ver
novos nomes ganhando", disse
Barrichello, um dos beneficiados por essa "revolução".
Responsável pelo RB5, modelo que deu a Sebastian Vettel
a vitória no GP da China, no
domingo passado, Adrian Newey acredita que essa variedade é importante para o esporte.
"A mudança grande no regulamento é uma chance para
equipes com menos recursos,
mas inteligentes, desenvolverem bons carros. Quando as regras ficam estáveis por muito
tempo, é normal que os mais ricos tenham vantagem."
Até quem percorreu o caminho inverso, como Heikki Kovalainen, da McLaren, encara o
cenário como um desafio. "Para o público é legal, porque os
fãs de outras equipes e pilotos
também podem comemorar."
Mesma visão tem Mario
Theissen, chefe da BMW. "É
saudável ver uma nova ordem
no grid, mesmo que não sejamos nós os beneficiados disso."
Para Felipe Massa, porém, a
falta de clareza no regulamento
no início do ano fez com que
equipes se beneficiassem de interpretações dúbias para terem
vantagem, especialmente no
imbróglio dos difusores.
"Se descontarmos isso, a
equipe que mais merece estar
onde está é a Red Bull, que trabalhou bem no regulamento
quando ele ainda era confuso."
NA TV - Treino do GP do Bahrein
Sportv, ao vivo, às 8h
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